domingo, 25 de novembro de 2012

029 - NOVA TENTATIVA - MISSIONÁRIOS JESUÍTAS EM SANT'ANA ( 1631 - 1641 )



029 - NOVA TENTATIVA - MISSIONÁRIOS JESUÍTAS EM SANT'ANA ( 1631 - 1641 )


                   A pedido de Martim de Sá no ano de 1631 que o Provincial Antônio de Matos nomeou os Padres João Mendonça e Francisco de Moraes para uma nova expedição, a qual devido várias ocorrências não foi realizada. 

Missioneiros e o aprisionamento de Índios Carijós
         No ano de 1635 os Padres Inácio de Siqueira e Francisco e Moraes foram designados para uma nova tentativa, organizada em São Sebastião do Rio de Janeiro por ordem do Rei de Portugal, a expedição ficou sob o patrocínio do Governador
Índios Carijós
          A Expedição passou por São Francisco, após tocar em Guaratuba, embarcados no Patacho Santo Antônio, chegaram à Ilha de Santa Catarina com o intuito de tomar provisões como água fresca, lenha, farinha, frutas e outros produtos da terra, assim seguindo seu destino.
Índios Carijós
          Deixou o Padre Siqueira longa e curiosa descrição das terras catarinenses, principalmente ao descrever a Ilha de Santa Catarina, bem como de seus habitantes, os carijós, seus costumes, suas crenças, seus ideais bem como a maneira amistosa que sempre acolhiam seus visitantes.
Índios Carijós
          A partida da Ilha tinha como destino Santo Antônio dos Anjos da Laguna, o qual era o principal ponto de venda de escravos, estando em seu porto 62 embarcações, sendo que destes 15 navios eram de alto bordo e o restante eram grandes canoas, todas ocupadas no comércio de escravos. Verificaram ao chegar no porto que pelo porte das embarcações e mantimentos que levavam esperavam os escravistas levar dali cerca de 12.000 escravos carijós.

Índios Carijós
     Os traficantes tramavam a ruína dos padres, isso devido representarem um entrave para o comércio de escravos.

Índios Carijós
        Depois de numerosos trabalhos não concluídos, isso deu-se devido a presença e ação dos traficantes, os padres retornaram com 200 indígenas para as aldeias de São Sebastião do Rio de Janeiro, porém foram assaltados. O Padre Francisco de Moraes tefe sua embarcação destruída. Mais uma expedição havia fracassado diante a fúria dos mercadores de escravos. O Padre Pedro de Moura enquanto Visitador da Província no ano de 1640 quis organizar uma nova missão, porém o Capitão-Mor de Santos descreveu-lhe que estava preparando gente e embarcações para impedir o projeto dos Padres, avisando-o para evitar qualquer desgraça.

Índios Carijós
          Após esta tentativa fracassada os Padres não mais retornaram, não ocorreu mais incentivo, ou garantia para as missões nas terras de Sant'Ana. O campo ao tráfico de escravos indígenas ficou aberto por quase 50 anos.

Índios Carijós
          O Procurador Geral da Companhia de Jesus, Padre Tomás de Urenã, no ano de 1644, dirigiu ao Tenente General das Províncias do Rio da Prata, D. Luiz Aresti, uma Petição da qual constava uma Informação da vitória dos portugueses, com 300 guerreiros indígenas. As lutas ocorreram ao Sul, ocorrendo uma verdadeira hecatombe. Após fazer referência a outros pontos da costa, descreve a situação do litoral sulino, contando que havia estado em Santos, Itanhaém, Iguape, Cananéia, Paranaguá, São francisco, dentre outras localidades portuárias, encontrando vestígios de cenas horríveis. Em São francisco encontrou 07 ou 08 moradores, contaram-lhe que a 100 léguas para o interior havia um posto de paulistas, guarnecido de brancos e indígenas. Partindo rumo ao Sul, adentrou a Barra do rio Grande, percorrendo a Zona das aldeias Missioneiras, havia puco tempo que os paulistas haviam atacado, encontrara a ruína e ossos dos indígenas que haviam sido sacrificados.





          


028 - A PRESIDÊNCIA DE LAGUNA

028 - A PRESIDÊNCIA DE LAGUNA


          A Companhia de Jesus decidiu pelo estabelecimento de uma Casa entre os carijós que viviam em Laguna e região, onde os jesuítas poderiam contar com qualquer socorro se acaso necessitassem do Colégio de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Companhia de Jesus
          O Padre Antônio Araújo e o Padre João de Almeida partiram para Laguna em uma nau no ano de 1622.

Índios Carijós 
Em agosto de 1624 chegaram também à Missão o Padre Pedro da Mota e o Irmão Pedro Rodrigues o qual iria substituir o Padre João de Almeida o qual encontrava-se enfermo.

Índios Carijós 
           Os padres lutaram contra todos os tipos de problemas, o principal era o problemas entre os padres e os brancos que vez ou outra capturavam alguns índios carijós para comerciá-los com colonos da região ou embarcações que partiam para o Prata ou algum povoado brasileiro.

Companhia de Jesus
          A Missão encontrava-se localizada na Embetiba, atual Imbituba, e no ano de 1624 os padres partiram rumo a Laguna onde fundaram uma igreja para que viessem pregar a catequese, e onde batizaram cerca de 200 colonos, foi tão grande a missão evangelizadora que até das regiões mais longínquas como Imaruí, vinham para as missa dominicais, casamentos e batismos, mesmo com o mal tempo que enfrentavam na Lagoa de Imaruí.

Índios Carijós 
          Os sacerdotes passaram sua missão também para as terras de Tubarão, prosseguindo para o Sul, atingindo o Rio Grande, pregando, curando e confortando os selvagens, no entanto não puderam prosseguir mais adiante pois haviam um indígena o qual capturava outros indígenas para comerciá-los, destruindo aldeias cristãs, por isso retornaram à Laguna, onde enviaram mensageiro em 1628 ao Colégio do Rio pedindo ao Reitor , Padre Francisco Carneiro, que certificasse se era seguro ou não manter a missão no Sul.

Companhia de Jesus
           No dia 05 de abril do ano de 1628 chega à Laguna o Padre Carneiro, trazendo em sua expedição o Padre Manoel Pacheco e o Irmão Francisco de Moraes, além de alguns indígenas das aldeias de São Sebastião do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo recebidos por cinco canoas na Barra para trazê-los à terra firme em Laguna.

Índios Carijós
           Francisco Carneiro ficou sabendo que um irmão de Tubarão atacava com frequência a aldeia de Laguna para capturar os carijós para vendê-los como escravos, bem como outros capitães que capturavam indígenas. Decidindo pelo regresso ao Rio de Janeiro e levar consigo todos os missionários da Companhia de Jesus bem como os indígenas que por ventura decidissem acompanhá-los. Embrenharam-se na mata para retornar ao Rio de Janeiro, nesta trajetória alguns indígenas morrem por contraírem uma epidemia tropical. Foi no dia 30 de maio de 1628 que o Padre Pedro da Mota veio a falecer, sendo enterrado junto ao altar da pequena capela da missão. Na Ilha de Santa Catarina encontraram dois índios patachós que estavam com 50 compradores de escravos, percebendo os Padres que agora eles estavam livres para o comércio de indígenas.

Companhia de Jesus
          No dia 14 de julho de 1628 os padres partiram da Ilha de Santa Catarina, estiveram na Enseada das Garoupas até o dia 24 de julho. O Padre Antônio de Araújo, o Irmão Francisco de Moraes e mais 220 índios iniciaram a viagem de regresso por terra, enquanto o Reitor Francisco Carneiro,o Padre Manoel Pacheco e 185 carijós tomaram a nau que os padres haviam levado, chegaram estes à Cananéia quatro dias depois. O Reitor chegou à São Sebastião do Rio de Janeiro sem notícia dos que por terra haviam retornado.




sábado, 24 de novembro de 2012

027 - JOÃO FERNANDES GATO E JOÃO DE ALMEIDA



027 - JOÃO FERNANDES GATO E JOÃO DE ALMEIDA


Índios Cariós
          Após ter fracassado a missão dos Cariós, por serem aprisionados e escravizados pelo Capitão da Vila em Santos, apenas em 1618 os Jesuítas se voltaram aos autóctones do Sul. Coube aos Padres João Fernandes Gato e João de Almeida a tarefa de Catequizarem os índios Carijós de Santa Catarina.

Capitão de São Vicente Salvador Correia de Sá e Benevides
          O maior objetivos dos Padres João Fernandes Gato e João de Almeida era o de construir uma Casa de Catequização para evangelizar os carijós patrocinada por El Rey e pelo Capitão de São Vicente Salvador Correia de Sá e Benevides e seu filho Gonçalo, Capitão de São Vicente, e este havia pedido aos vicentistas que dessem todo o apoio a esta causa.

Padres Jesuítas Missionários
          Nesta ocasião os moradores de Santos e São Paulo mostraram-se contra pois acreditavam que os próprios carijós arrebanhavam escravos para comerciar com colonos. O estabelecimento dos Jesuítas no Sul  iria dificultar os interesses de colonos com o comércio de escravos indígenas, e um dos maiores comerciantes era o próprio indígena Tubarão, que vendia homens de seu próprio povo.

Índios Cariós
          Os Padres João Fernandes Gato e João de Almeida pregaram com fervor e conquistaram todos os silvícolas, durante um ano entre os grupos indígenas desceram o Araranguá e o Boipetima ou Mambiuba, a última aldeia onde os brancos se dirigiam.

Capitão de São Vicente Salvador Correia de Sá e Benevides
          Os padres adoeceram com as epidemias tropicais, sendo que João Fernandez adoeceu a ponto de quase morrer. Na ocasião foram solicitados ao Capitão de São Vicente Salvador Correia de Sá e Benevides, provimentos como farinha, unguentos e embarcação,no entanto até o ano de 1609, conforme consta no diário do Padre, nada chegou pois os moradores de Santos e Cananéia se negaram, com o intuito de por fim a Missão Catequizadora que tanto os incomodava.
Padres Jesuítas Missionários
          Ao regressar a São Sebastião do Rio de Janeiro, o Padre Simão de Vasconcelos os ouviu, bem como ao que lhes disse seis indígenas do oriundos do Sul, e entre estes o conhecido Araribé, maior representante dos Carijós, desse modo todos pediram que os Jesuítas Missionários mantivessem uma Casa fixa na região dos Carijós ao Sul.




026 - PADRE FERNÃO CARDIM E A MISSÃO DOS CARIJOS



026 - PADRE FERNÃO CARDIM E A MISSÃO DOS CARIJOS


          Ao regressar de Roma, o Padre Fernão Cardim decidiu iniciar a catequese dos carijos, inclusive fundar uma residência da Companhia de Jesus na Região dos Patos. Em 1605 saíram de Santos para dar início a catequese os Padres João Lobato e Jerônimo Rodrigues, levando com eles sete indígenas da Aldeia São Barnabé de São Sebastião do Rio de Janeiro, já catequizados. Foram a pé de Cananéia até Paranaguá. Devido o mar, não puderam entrar em Guaratuba, assim aportaram em São Francisco.         De manhã bem cedinho uma canoa com alguns carijós foram visitá-los, sendo que um dele era um indivíduo que fora resgatado pelos padres. Os senhores Custódio Pires e Agostinho de Matos alegraram-se ao ver os Jesuítas, pediram-lhes facas, mas sem que dessem em troca um fardo de carne, já que os Padres perceberam que ali havia muta carne.

Padre Jesuítas
          Os Jesuítas atravessaram toda a baia dando na Barra do Sul, poucos dias depois já haviam avistado a Ilha de Santa Catarina. No dia 11 de agosto chegaram à terra dos carijós, no Porto de D. Rodrigo.

Padre Jesuítas
          Aos 24 de agosto rezaram a Primeira Missa na Ilha de Santa Catarina, prosseguindo viagem nas vizinhanças, chegando em Araranguá. Em uma dessas viagens conheceram o soberbo e arrogante Tubarão, indígena que os recebeu com desprezo e desdém, e quando os Padres lhe perguntaram se um pequeno bugrinho era seu filho, este lhe respondeu com ironia, que eles queriam saber apenas para açoitá-lo.

Padre Jesuítas
          Os padres registraram em seus diários que o convívio com os indígenas não foi nada bom, chegaram a descrevê-los como arrogantes, despreocupados, indiferentes, preguiçosos e até mesmo sujos.apesar desse contato drástico, os Padres ficaram na Missão por longos dois anos. Em Laguna complementaram sua missão de catequese, reunindo assim 150 indígenas de ambos os sexos para concluírem a catequese em São Sebastião do Rio de Janeiro.
Padre Jesuítas
          Alguns anos mais tarde, ao regressarem, o grupo foi pego de surpresa por um temporal no mar que os obrigou a aportar na altura de São Vicente e uma arribada em Santos. Os moradores foram instigados pelo Capitão da Vila, obrigando-os a escravizarem os indígenas. Perdendo os jesuítas os 150 indígenas catequisados, os quais seriam multiplicadores da tarefa de catequização no Sul.




025 - NÓBREGA E OS CARIJÓS



025 - NÓBREGA E OS CARIJÓS

          O Primeiro Governador Geral do Brasil, Tomé de Souza, quando veio para o Brasil no ano de 1549 trouxe consigo os primeiros padres da Companhia de Jesus, os quais tinham a chefia do Padre Manoel de Nóbrega vieram a missão de catequizar os indígenas.

Primeiro Governador Geral do Brasil - Tomé de Souza
         Os padres Leonardo Nunes, Antônio Pieres, João de Azpicuelta Navarro e os Irmãos  Vicente Rodrigues e Diego Jácomo foram além do Provincial referido.

Primeiro Governador Geral do Brasil - Tomé de Souza

       O Padre Manoel de Nóbrega ficou incumbido de defender os carijós. Haviam muitas armadas aportando nas terras do Sul quando dirigiam-se para o Prata, na época os carijós estavam com muito medo pois um grupo de carijós haviam sido aprisionados por uma nau que havia aportado naquela região em busca de provisões, levando-os a força.


Padre Manoel de Nóbrega
          O Padre Manoel de Nóbrega ao tomar conhecimento deste fato obteve do Governador Geral Tomé de Souza a incumbência de resgatar os indígenas devolvendo-os a sua terra em liberdade.


Padre Manoel de Nóbrega

          O Padre Leonardo Nunes fez parte desta missão, devendo ficar entre eles com o intuito de ensiná-los. Leonardo Nunes partiu da Bahia, entretanto ficou retido em São Vicente por ventura de nesta havia fundado a Casa de São Vicente.





024 - DIEGO MENDIETA



024 - DIEGO MENDIETA


Governador Juan Ortiz de Zarate
          Quando o Governador Juan Ortiz de Zarate morre no Prata, seu sobrinho Diego Mendieta assumo seu posto de Governador.

Governador Juan Ortiz de Zarate
          Diego Mendieta torna-se um ditador, é igual ao tio em crueldade, o qual excedia o tio em sua crueldade. Ao aportar no Rio de Janeiro, aconselhado por amigos retoma o poder, em pacto com o piloto da caravela, retornou à Santa Catarina onde pune com total crueldade um soldado desertor, cortando-o de alto a baixo e pendurando-o em estacas de madeira, o que aterroriza toda a tripulação, que o abandonam entre os indígenas com o capitão e mais seis marujos de sua confiança.

Diego Mendieta
          Diego de Medina nos dias que ficou entre os indígenas toma a força a esposa de um dos indígenas, que revoltando-se resgata-a e mata Diego Mendieta juntamente com seus companheiros.


Diego Mendieta