quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


O CONSULADO  - O IMPÉRIO  - O CONGRESSO DE VIENA

1 - O CONSULADO (1799 – 1804):

          Pacificação interna e externa.
          Acordos de paz com países vizinhos.
          Acordo com a Igreja – catolicismo oficial.
          Acordo com a nobreza – anistia.
        Retorno de famílias nobres emigradas SEM devolução de terras perdidas durante a Revolução Francesa.
          Recuperação econômica:
        Criação do Banco da França (1800).
        Nova moeda: Franco.
        Financiamentos industriais e agrícolas.
        Prêmios para invenções.
          Centralização administrativa:
        Napoleão = 1º Cônsul, responsável pelo Poder Executivo por 10 anos (Constituição de 1802).
        Escolha de ministros.
        Código Civil Napoleônico (1804): igualdade jurídica, direito à propriedade, proibição de greves e sindicatos, escravidão nas colônias.
          Conquistas burguesas asseguradas.
          Controle do ensino.
          Transformado em Cônsul Vitalício e a seguir em Imperador, ambos em 1804, através de plebiscitos.
2 - O IMPÉRIO (1804 – 1815):
          Atritos permanentes com inimigos vizinhos.
        ING – concorrência comercial.
        Demais países – monarquias absolutistas temerosas com ideais liberais.
          Derrotado pela ING  na batalha de TRAFALGAR (1805).
          BLOQUEIO CONTINENTAL (1806):
        Napoleão proíbe os países da Europa de manter relações comerciais com a Inglaterra.
        Objetivo: vencer a Inglaterra através do esgotamento de sua economia.
        Fracasso.
          Contrabando.
          ING reforça comércio com outras áreas ( principalmente América).
        Fuga da família real portuguesa para o Brasil (1808).
        Carência de produtos manufaturados na Europa.
        Exploração de populações dominadas.
        Resistência a Napoleão.
        Lenta decadência.
          Deposição de monarquias absolutistas na Europa.
          1812 – Campanha da Rússia.
          Grande derrota de Napoleão.
          “terra arrasada”.
          1814 – Sexta Coligação (RUS + ING + AUS + PRUS) vence Napoleão.
          Exílio em Elba.
          Retorno – Governo dos Cem Dias (1815).
          1815 – WATERLOO – derrota final de Napoleão.
          Preso na Ilha de Santa Helena.
          Morre em 1821.
3 - O CONGRESSO DE VIENA (1815):
          Reunião de potências européias após a queda de Napoleão.
          Principais países: AUS – RUS – PRUS – ING (vencedores).
          Objetivo principal: restauração do Antigo Regime.
          Princípios básicos:
        LEGITIMIDADE – retorno de velhas dinastias absolutistas ao poder.
        EQUILÍBRIO EUROPEU – divisão territorial no continente e no restante do mundo.
        Maiores beneficiados: líderes.
          FRA: fronteiras anteriores à Revolução Francesa.
          Criação da SANTA ALIANÇA:
        Exército conservador, criado por sugestão do czar Alexandre I (RUS).
        AUS – RUS – PRUS.
        Combate ao liberalismo e ao nacionalismo.
        Manutenção das decisões do Congresso de Viena.
        Contra os movimentos de independência na América Latina.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


IGREJA MEDIEVAL
Professor Dr. Rudney Marinho

(Iluminuras).
A Igreja exerceu o monopólio da ideologia, pois controlava o ensino e tinha o domínio sobre as obras escritas  (iluminuras).
As escolas pertenciam às paróquias ou às abadias e seus professores eram clérigos que difundiam, através do ensino, uma visão de mundo teocêntrica. Assim, o exercício do poder estava vinculado ao domínio do saber pela Igreja.

*      A Igreja medieval exerceu seu domínio tanto sobre assuntos religiosos como sobre assuntos mundanos, lançando mão de vários instrumentos de coerção para impor sua autoridade.
*      Aqueles que não obedecessem os ditames da Igreja eram submetidos à excomunhão. Os excomungados estavam mortos para Cristo, não podiam receber os sacramentos ou ter relações com outros cristãos. Era uma verdadeira morte social.
*      Um senhor feudal faltoso com a Igreja poderia ter seu feudo interditado.
*      Pela interdição a Igreja suspendia os cultos e fechava os templos do feudo, deixando a população sem o pão do espírito, o que poderia causar revoltas camponesas.
O mais violento instrumento de força utilizado pela Igreja medieval foi a Inquisição, criada em 1183, para combater as heresias que proliferavam pela Europa.

Heresias
*      A pena de morte para bruxas e hereges foi estabelecida pelo Papa Inocêncio III (1198-1216). Esse Pontífice  empreendeu  a cruzada que exterminou os albigenses no sul da França, em 1209.
*      A Inquisição revelou-se uma reação da Igreja Católica às heresias que se contrapunham aos dogmas eclesiásticos, foi uma demonstração de força de uma instituição que estava perdendo sua hegemonia

Albigenses
*      Dentre as heresias mais importantes destaca-se a dos albigenses, também conhecidos como cátaros, seu maior reduto foi a cidade de Albi no sul da França. Negavam o clero católico.

Pedro Valdo
*      Os valdenses foram organizados por Pedro Valdo que pregava uma Igreja pobre e humilde e a igualdade entre os homens.


*      A Igreja interferia no plano econômico proibindo a usura, no plano político nomeando reis e senhores feudais, no plano militar regulando as guerras entre os senhores feudais pela da Pax Dei ou Paz de Deus ( lugares neutros onde a ação bélica era proibida), geralmente cemitérios, proximidade de templos, caminhos santos e também pela Treuga Dei ou Trégua de Deus (dias do ano nos quais a guerra era proibida) quaresma, dias santos e domingos.

A Igreja Medieval
*      A Igreja também interferia na vida cotidiana das pessoas comuns através do monopólio civil: nascimento (batismo), casamento e óbito (extrema unção).



MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL
(Feudalismo)

Professor Dr. Rudney Marinho

MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL
(Feudalismo)

          A sociedade feudal teve contribuições de instituições do germanismo, romanismo e do cristianismo em sua formação.

Elementos Romanos

          Descentralização administrativa: na decadência do Império os quadros de poder transferiram-se das cidades em decadência para as villas (unidades agrárias autônomas).

          Para a Igreja, quem morava em vilas, o povo, eram todos vilões, homens desobedientes, criativos, cientistas, assim não cumpriam com suas obrigações para o rei, senhores e clero, sendo vistos como eternos pecadores, daí dizermos, tal personagem não presta nessa história, são vilões.

          Colonato: após a Revolta de Espartacus e as invasões bárbaras no Império Rom. do Oc. Ocorreu a decadência do escravismo a qual provocou o surgimento de uma nova forma de trabalho na qual o pagamento era feito em espécie e trabalhava-se pelo uso da terra a qual se cultiva, esse sistema será a base da servidão. O servo vendia a própria pele para sobreviver.

Elementos Germanos

Economia agropastoril de subsistência

          Benefício: costume do chefe guerreiro germano de dividir as terras conquistadas com seus soldados.

          Comitatus: São os elos de fidelidade que unem o chefe guerreiro e seus soldados.

O FEUDO

          Tratava-se de uma delimitação territorial na qual o senhor exercia seus poderes. Era a principal unidade produtiva medieval e tinha caráter auto-suficiente. Em geral os feudos dividiam-se em:

          Terras do senhor: eram as melhores terras onde ficava  o castelo que reunia um conjunto de armazéns, oficinas, morada do senhor e estábulos.

          Manso servil: local habitado e cultivado pelos servos.

          Terras comuns: em geral era uma área de floresta ou pântano destinados a caçadas e coleta de lenha, sementes comestíveis, raízes, frutas, ervas e mel.

AS TRÊS ORDENS DA SOCIEDADE FEUDAL

          No ano de 998 o Bispo Adalberto de Laon assim  descreveu a sociedade feudal: “A Cidade de Deus, que se crê única, está dividida em três ordens: uns rezam, outros guerreiam e outros trabalham. As três ordens vivem juntas e não suportariam ser separadas. Os trabalhos de cada uma delas permitem o serviço das outras duas. Cada uma, alternadamente, presta seu apoio aos outros”. Esse texto de um representante da Igreja deixa clara a hierarquia social medieval que se subdividia em: nobreza, clero e servos.

 Clero
          Clero: Era o grupo social mais influente na sociedade feudal, pois representavam a mais importante instituição medieval, a Igreja. O clero era hierarquizado e subdividia-se em: clero regular do latim regulus (regra, ordem, lei,regulamento), formado por monges das ordens religiosas, e o clero secular.            

          Destacam-se os Beneditinos, iniciada por São Bento com a cristianização dos povos bárbaros.  Os copistas dessa ordem tiveram papel primordial na preservação de manuscritos antigos.

          Fundada por São Francisco a ordem franciscana tinha por objetivo a imitação de Cristo numa vida pobre e humilde.      
        
Ordem Dominicana
          A ordem Dominicana iniciou-se com São Domingos e de seus quadros revelaram-se grandes doutores, como os filósofos escolásticos Santo Alberto Magno e São Tomás de Aquino. Essa ordem também se destacou na ação inquisidorial.

          Formaram-se diversas outras ordens como os cluniacenses, os cistercienses e os agostinianos.
          Fora dos muros das abadias, no mundo (séculus), formou-se o clero secular composto por padres ligados ao “mundo” das pessoas comuns. Fortemente hierarquizado que se organizava em párocos, bispos, arcebispos, cardeais e papa.

Nobres
          Nobres: os nobres eram também chamados de Belatores, pois sua principal atividade era a guerra, além do governo dos feudos. A nobreza se hierarquizou em várias camadas nobiliárquicas, no topo estavam os reis (grandes suseranos), abaixo os vassalos (senhores menores): duques, marqueses, condes, viscondes e barões.

          Os suseranos concediam feudos aos vassalos através da homenagem ou rito de investidura feudal. Neste ritual o vassalo (senhor que recebe o feudo) jurava fidelidade ao seu suserano (senhor que doa o feudo), firmando-se, entre as partes, as obrigações feudo-vassálicas: prestar auxílio e conselho militar ao suserano.

          A partir do século X a Europa tornou-se muito feudalizada em grande parte dos feudos impossibilitou-se uma subdivisão. Foi nesse contexto que surgiu o direito de primogenitura, pelo qual apenas o filho mais velho (primogênito) herdaria o feudo e o título nobiliárquico de seu pai.

          Aos filhos mais jovens, verdadeiros Joões sem terra, restavam algumas alternativas. Uma bastante  atraente era usar da influência familiar e angariar uma posição no alto clero gozando das vantagens oferecidas pela Igreja.

Cavaleiros
          Muitos porém, não tinham nenhuma vocação eclesiástica e preferiam a liberdade de se armarem cavaleiros em busca de aventuras nos infindáveis torneios e guerras feudais. Poderiam colocar seus serviços de guerreiros a disposição dos reis e serem enfeudados por serviços prestados ou ainda, era possível também, conseguirem casar-se com a filha de um grande senhor e receber um feudo como dote.

          Os cavaleiros tinham como princípios éticos e morais a defesa da Igreja, das mulheres, dos fracos e das viúvas.

Servos
          Servos: Eram a maioria da população.  Habitavam os feudos, sendo presos à terra. Esse grupo social era fortemente explorado pelos senhores na medida em que estavam obrigados a pagar inúmeros impostos dentre os quais se destacavam a corvéia, a talha, as prestações, as banalidades e a capitação.

Feudo
          No feudo havia as terras comuns de onde se retiravam frutas, mel, raízes, ervas e caça que enriqueciam a pobre alimentação dos servos. O principal alimento era o centeio, mas devido as pesadas taxas a que estavam submetidos restava muito pouco para a subsistência da família do servo, com isso era comum acrescentarem à massa do pão todo tipo de complementos como frutas, raízes e ervas. Havia um pequeno número de escravos domésticos.


BAIXA IDADE MÉDIA

A AÇÃO DA IGREJA

Professor Dr. Rudney Marinho

n  A Igreja exerceu o monopólio da ideologia, pois controlava o ensino e tinha o domínio sobre as obras escritas  (iluminuras). As escolas pertenciam às paróquias ou às abadias e seus professores eram clérigos que difundiam, através do ensino, uma visão de mundo teocêntrica. Assim, o exercício do poder estava vinculado ao domínio do saber pela Igreja.

n  A Igreja medieval exerceu seu domínio tanto sobre assuntos religiosos como sobre assuntos mundanos, lançando mão de vários instrumentos de coerção para impor sua autoridade.

n  Aqueles que não obedecessem os ditames da Igreja eram submetidos à excomunhão. Os excomungados estavam mortos para Cristo, não podiam receber os sacramentos ou ter relações com outros cristãos. Era uma verdadeira morte social.

n  Um senhor feudal faltoso com a Igreja poderia ter seu feudo interditado. Pela interdição a Igreja suspendia os cultos e fechava os templos do feudo, deixando a população sem o pão do espírito, o que poderia causar revoltas camponesas.

n  O mais violento instrumento de força utilizado pela Igreja medieval foi a Inquisição, criada em 1183, para combater as heresias que proliferavam pela Europa. A pena de morte para bruxas e hereges foi estabelecida pelo Papa Inocêncio III (1198-1216). Esse Pontífice  empreendeu  a cruzada que exterminou os albigenses no sul da França, em 1209.

n  A Inquisição revelou-se uma reação da Igreja Católica às heresias que se contrapunham aos dogmas eclesiásticos, foi uma demonstração de força de uma instituição que estava perdendo sua hegemonia

n  Dentre as heresias mais importantes destaca-se a dos albigenses, também conhecidos como cátaros, seu maior reduto foi a cidade de Albi no sul da França. Negavam o clero católico. Os valdenses foram organizados por Pedro Valdo que pregava uma Igreja pobre e humilde e a igualdade entre os homens.

Pedro Valdo

n  A Igreja interferia no plano econômico proibindo a usura, no plano político nomeando reis e senhores feudais, no plano militar regulando as guerras entre os senhores feudais pela da Pax Dei ou Paz de Deus ( lugares neutros onde a ação bélica era proibida), geralmente cemitérios, proximidade de templos, caminhos santos e também pela Treuga Dei ou Trégua de Deus (dias do ano nos quais a guerra era proibida) quaresma, dias santos e domingos. A Igreja também interferia na vida cotidiana das pessoas comuns através do monopólio civil: nascimento (batismo), casamento e óbito (extrema unção).

Henrique IV
n  Esse fato provocou a ira do Imperador do Sacro-Império, Henrique IV,  que foi excomungado por não obedecer as determinações do Papa Gregório VII. A nobreza feudal do Sacro-Império aliou-se ao Papa contra o Imperador. Enfraquecido o imperador foi obrigado a fazer uma peregrinação até a cidade de Canossa para pedir perdão ao Papa em 1077.

n  Um poeta anônimo do século XI descreveu os embates entre o imperador e o Papa da seguinte forma: “O apóstolo procura expulsar o rei do reino. O rei excita-se a tirar o papado ao papa. Se surgisse um mediador capaz de decidir o debate, de garantir o reino ao rei e ao papa o papado. Entre os dois males se realizaria uma grande arbitragem”

n  A questão das investiduras foi resolvida  em 1122 pela Concordata de Worms, na qual ficou estabelecido os limites entre o poder do Império e da Igreja. Ao Papa ficou garantido o direito da investidura clerical.

A QUESTÃO DAS INVESTIDURAS

n  Na Idade Média o poder era delegado pelas investiduras. Haviam dois gêneros de investiduras: a investidura laica de senhores feudais vassalos feitas pelos suseranos e a investidura religiosa de clérigos pelos papas e bispos.

n  O poder cultural, político, social e econômico da Igreja era exercido por uma extensa rede clerical formada por milhares de padres e bispos, presentes em todas as regiões da Europa.

Oto I
n  Segundo a tradição a investidura de clérigos era premissa da Igreja, mas interessado em exercer seu poder sobre os assuntos da Igreja o imperador Oto I do Sacro Império Romano Germânico corrompeu essa regra e tomou para sí o direito de  investir padres.

Ordem de Cluny.
n  Esse ato favoreceu a corrupção do clero e da Igreja e provocou o surgimento de um movimento reformista reacionário encabeçado pela Ordem de Cluny. O Papa Gregório VII, pertencente a ordem de Cluny, tomou medidas efetivas contra as interferências imperiais na esfera religiosa, decretando inválidas todas as investiduras feitas por leigos.

A CULTURA MEDIEVAL

n  A filosofia na Alta Idade Média: Patrística

Santo Agostinho (313-430 d.C)

n  A filosofia medieval foi desenvolvida pelos padres da Igreja, estando intrinsecamente ligada à teologia. No princípio da Idade Média, Santo Agostinho (313-430 d.C), bispo de Hipona, elaborou um sistema de pensamento que foi dominante entre os séculos V e X. Santo Agostinho vinculou os dogmas cristãos à filosofia grega, tendo Platão como maior influência.

Ruínas da antiga cidade de Hipona
n  Vivendo na crise do final do Império Romano, Santo Agostinho refletiu um certo pessimismo em sua obra. Essa característica fica explícita na idéia de predestinação incorporada em sua obra. Essa crença deixa o homem à mercê de forças divinas, o seu destino já está traçado e não pode ser mudado.

n  Santo Agostinho deixou obras importantes como: “A Cidade de Deus” e “Confissões”.

n  A filosofia na Alta Idade Média: Patrística

n  A filosofia medieval foi desenvolvida pelos padres da Igreja, estando intrinsecamente ligada à teologia. No princípio da Idade Média, Santo Agostinho (313-430 d.C), bispo de Hipona, elaborou um sistema de pensamento que foi dominante entre os séculos V e X. Santo Agostinho vinculou os dogmas cristãos à filosofia grega, tendo Platão como maior influência.

n  Vivendo na crise do final do Império Romano, Santo Agostinho refletiu um certo pessimismo em sua obra. Essa característica fica explícita na idéia de predestinação incorporada em sua obra. Essa crença deixa o homem à mercê de forças divinas, o seu destino já está traçado e não pode ser mudado.

n  Santo Agostinho deixou obras importantes como: “A Cidade de Deus” e “Confissões”.

A Filosofia da Baixa Idade Média: Escolástica

n  A expansão geral dos séculos XI - XIII trouxe mais otimismo para os homens da Baixa Idade Média. Os pensadores do período tomaram contato com a obra de Aristóteles através das traduções e comentários feitos pelos filósofos árabes, em especial Averróis. À fé idealizada do platonismo agostiniano, os filósofos escolásticos acrescentam o coeficiente da lógica aristotélica. Procuram conciliar fé e razão, sua máxima era: “Fé na razão”.

n  Isso se refletiu na idéia do livre arbítrio, um dos eixos da filosofia escolástica. O livre arbítrio dá ao homem a sensação de que pode guiar sua vida e seu destino segundo sua vontade ou razão.

n  Dentre os filósofos escoláticos destacaram-se Abelardo, doutor da Universidade de Paris, seu drama pessoal foi narrado no romance “Abelardo e Heloísa”. Santo Alberto Magno foi um grande doutor e professor de São Tomás de Aquino que, em sua obra máxima, Summa Teológica tentou conciliar a Fé e a Razão.

As Artes

n  A arquitetura foi a forma artística mais desenvolvida devido a construção de Igrejas. Houve dois estilos predominantes na Idade Média: O românico e o gótico.

n  Nos séculos XI e XII o românico predominou, suas características são os arcos redondos, janelas pequenas, grandes e maciças pilastras, grossas paredes, interiores obscurecidos pela pouca luz e horizontalidade.

n  O gótico predominou nos séculos XIII e XIV. Foi conseqüência de inovações técnicas como o arcobotante, o arco em ogiva e a abóbada estruturada em nervuras.

Estilos Medievais

Estilo românico 

Estilo gótico.
n  As catedrais góticas se verticalizaram, suas paredes eram finas e delicadas, as janelas se tornaram gigantescas sendo recobertas por elaborados vitrais coloridos. O interior ganhou uma luminosidade violácea impar com paredes intensamente esculpidas e pintadas sendo que a arte escultórica e pictórica tiveram um caráter decorativo, atuando como coadjuvantes da arquitetura na Idade Média.

                                                               Papa Gregório Magno 
n  Na música o Papa Gregório Magno inventou o canto gregoriano ou cantochão, cantado em uníssono por um coral ou ainda por uma pessoa apenas, sem acompanhamento. Essa música  simples e melodiosa revelou-se um convite à reflexão e a fé.

Guido d’Arezzo
n  Guido d’Arezzo desenvolveu o revolucionário sistema de sete notas musicais.

Roger Bacon
n  Roger Bacon foi o pioneiro da ciência experimental. Expondo suas idéias inovadoras na obra Opus Majus.

As Universidades

n  Eram corporações com governo autônomo formadas por alunos e professores. Nas Universidades se estudava todos os campos do conhecimento: artes, teologia e filosofia, direito e medicina. As sete artes liberais eram divididas em duas partes: Trivium (gramática, retórica e lógica) e Quadrívium (aritmética, geometria, astronomia e música).

n  Destaque para as universidades de Paris, Montpelier e Toulouse na França. Oxford e Cambridge na Inglaterra. Bolonha, Salerno e Módena na Itália. Coimbra, em Portugal. Salamanca, na Espanha; e Colônia na Alemanha.

A BAIXA IDADE MÉDIA 
(1096-1453)


n  A partir do século XI a Europa viveu um período de grandes e rápidas transformações que significaram o apogeu e a decadência do feudalismo. Houve um acentuado crescimento da população e da produção agrícola, assim como ocorreu o movimento das cruzadas.

As Cruzadas

Concílio de Clermont

n  A origem das cruzadas remonta o Concílio de Clermont ocorrido em 1095, nesse evento o Papa Urbano II defendeu a retomada da Terra Santa (palestina) que estava nas mãos dos infiéis muçulmanos (turcos). O Papa apelou para que os cristãos deixassem de guerrear entre si na Europa feudal e se unissem em torno do objetivo comum e maior de libertar o Santo Sepulcro em Jerusalém.

Cruzadas

n  A causa primeira que levou ao início das cruzadas, foi o fato dos turcos terem proibido a peregrinação cristã até os lugares santos no Oriente. Não obstante, os cavaleiros cristãos enxergaram a possibilidade de obter terras e se tornarem grandes senhores feudais na Palestina, o que de fato ocorreu com a fundação de vários estados latinos na região.