No ano de 1505, um navegador francês de nome Binot Paulmier de Goneville fez, perante o Almirantado da Normandia, uma declaração de que, dois anos antes, havia estado no Brasil, numa região que não deixou claramente estabelecida qual fosse mas que vinha sendo frequentada por embarcações de Dippe e Saint Male.
Binot Paulmier de Goneville |
Segundo a Declaração de Viagem, embarcando num pequeno navio de 120 toneladas, chamado Espoir, deixando o porto de Henfleur a 24 de junho de 1503, avistara as Canárias em outubro, cortara o Equador em seguida e, em novembro já achava em latitude abaixo do Cabo da Boa Esperança, de acordo com os seus cálculos náuticos. Tendo sofrido sucessivos reveses, mudou de rumo e, a 05 de janeiro de 1504, avistou uma grande terra onde aportou no dia seguinte. Fez descer tripulantes à terra, para reconhecê-la, e em seguida enviou um escaler para correr a costa em busca de um porto, para onde conduziu o navio, comparando-o a embocadura de Orno, na França.
Binot Paulmier de Goneville |
Nesse embarcadouro permaneceu o Espoir até o dia 03 de julho, quando levantou velas, de regresso ao seu país, tendo, pela Páscoa, sobre uma pequena eminescência a beira mar, levantando Gonneville uma cruz de madeira assinalando a sua passagem, tendo sido realizada uma singela e tocante cerimônia.
Binot Paulmier de Goneville |
Binot Paulmier de Gonneville descreveu a terra como de grande fertilidade, sendo numerosos os animais e árvores, abundantes os peixes e as aves, e habitada por selvagens que viviam da caça e da pesca, dos frutos da terra e de sua rudimentar agricultura, sem grandes preocupações ou trabalhos, levando a existência alegremente. Andavam semi-nus, sendo as suas vestes rudimentares, de trançados, pelos e pernas, atados à cintura, mais longa nas mulheres, ataviando-se estas, ainda com colares e braceletes, feitos de ossos e conchas.
Os cabelos traziam elas trançados com fibras vegetais, embiras tingidas com cores variadas, vivas e brilhantes, ao contrário dos homens que os usavam soltos, ostentando um cocar de penas altas e igualmente coloridas.
Como armas, usavam o arco e a flecha e as suas habitações, reunidas em número de 30 a 80, eram de pau a pique, com os espaços calafetados com folhas de palmeiras, que também serviam para cobertura, havendo ao alto um orifício para sair a fumaça como um chaminé. as portas eram feitas de paus firmemente ligados, servidas de taramelas de madeira. Seus utensílios eram de madeira, mesmo os de ir ao fogo, revestidos estes de argila, com a espessura de um dedo, afim de impedir a combustão. Os leitos eram de folhas e plumas e as cobertas de peles e penas.
Binot Paulmier de Goneville |
Os cabelos traziam elas trançados com fibras vegetais, embiras tingidas com cores variadas, vivas e brilhantes, ao contrário dos homens que os usavam soltos, ostentando um cocar de penas altas e igualmente coloridas.
Binot Paulmier de Goneville |
Como armas, usavam o arco e a flecha e as suas habitações, reunidas em número de 30 a 80, eram de pau a pique, com os espaços calafetados com folhas de palmeiras, que também serviam para cobertura, havendo ao alto um orifício para sair a fumaça como um chaminé. as portas eram feitas de paus firmemente ligados, servidas de taramelas de madeira. Seus utensílios eram de madeira, mesmo os de ir ao fogo, revestidos estes de argila, com a espessura de um dedo, afim de impedir a combustão. Os leitos eram de folhas e plumas e as cobertas de peles e penas.
Binot Paulmier de Goneville |
Nenhum comentário:
Postar um comentário