sábado, 17 de novembro de 2012

018 - DIEGO GARCIA



018 - DIEGO GARCIA



Diego Garcia

                     O explorador e navegador Diego Garcia esteve em Santa Catarina em 1527 e 1528, ao aportar armazenou em seu navio as guarnições oferecidas pelos indígenas como cereais, barris de água, cereais, frutas e víveres. Nesta expedição destacou-se Gonçalo Coelho, português, o qual levou de Cananéia por conhecer a língua dos indígenas. Gonçalo Coelho quando foi enviado de volta ao aportar na Ilha de Santa Catarina levou consigo o abandonado Francisco de Rojas, resgatando-se do cativeiro onde se encontrava abandonado.


Diego Garcia

          Registrou em seu diário de bordo, Diego Garcia, em sua memória a péssima conduta do navegador e Capitão Sebastião Caboto, este havia se desentendido com ele no Prata por sua desobediência em cumprir as ordens dadas pelo capitão, pois estas iam contra as que o Rei Carlos V lhes havia lhe confiado, levaram assim Caboto finalmente a deixar os serviços ao Rei de Espanha, passam a trabalhar aos serviços do Rei da Inglaterra.


Diego Garcia

          Henrique Montes havia regressado à Espanha com Caboto, retornara ao Brasil em 1530, e desta vez integrando a expedição de Martim Afonso de Souza. Podemos observar que foram muitas as Expedições Espanholas à Costa Sul do Brasil do que as portuguesas.

Martim Afonso de Souza

          O navegador contratado pelos reis de Castela, desde o reconhecimento do Descobrimento do Brasil até o reconhecimento por Martim Afonso de Souza em 1530, muito constantes e continuaram tais expedições para o Prata, as quais fariam sempre um descanso na Ilha de Santa Catarina onde tomariam suprimentos para o retorno com os nativos.

Martim Afonso de Souza

          D. Francisco Pedro de Mendonça Gorjão no ano de 1535 foi nomeado Governador Geral do Prata, quando funda Buenos Aires no estuário do Prata, sendo imprevidente pois não teve a preocupação com os colonos em desenvolverem a agricultura e pecuária na terra, confiando nos naturais, que a princípio lhes faziam os abastecimentos. Porém de repente cessou a boa vontade dos naturais, que logo pararam de lhe entregar víveres, água, cereais, peles de animais e outras iguarias tropicais. D. Francisco Pedro de Mendonça Gorjão logo entra em atrito com os indígenas por algumas lutas que lhes causaram perdas humanas de ambos os lados.

D. Francisco Pedro de Mendonça Gorjão

          Por este episódio, D. Francisco Pedro de Mendonça Gorjão destacou seu sobrinho, Gonçalo de Mendonça, para a que este lhe suprisse de guarnições de  víveres, água, carne seca, cerais e outros com os nativos de Santa Catarina, enquanto isso lutas terríveis ocorriam em Buenos Aires. 

Martim Afonso de Souza

          D. Pedro de Mendonça não perdoa os indígenas, castiga-lhes cruelmente, em represália os silvícolas ateiam fogo às cabanas dos conquistadores espanhóis, destruíam plantações, devastavam as terras, obrigando os colonizadores a partirem abandonando a luta. O resultado foi a fome e a mais brutal miséria, ocorrendo até antropofagia por parte dos conquistadores europeus. Há registro de que 02 homens foram enforcados por roubarem um cavalo para saciar a fome de seu grupo, na forca não haviam seus braços, os quais foram arrancados por seus companheiros para lhes servirem de alimento.


Diego Garcia

          A morte ceifou cerca de 600 homens que estavam colonizando Buenos Aires com D. Pedro de Mendonça, até que chegou Gonçalo de Mendonça com as provisões de alimentos obtidas em Santa Catarina com os indígenas.


Diego Garcia


          D. Pedro de Mendonça foi recebido na Ilha de Santa Catarina pelos autóctones com costumeira hospitalidade, como ficou registrado, do mesmo modo que CabotoD. Pedro de Mendonça não soube retribuir, obrigou que todos os brancos que conviviam com os indígenas retornassem com ele para auxiliar como marujos na armada, sendo impossível reagirem às armas do brutal capitão do mar.



Nenhum comentário:

Postar um comentário