017 - A DENOMINAÇÃO SANTA CATARINA
Por volta de 1526 Sebastião Caboto de nominou a Ilha dos Patos de Ilha de Santa Catarina, denominação conservada até hoje e que se transmitiu, posteriormente a todo o território que constituiu o Estado de Santa Catarina.
Alguns historiadores atribuem a denominação Santa Catarina à outros como Martim Afonso, Dias Velho, aos espanhóis de Laysa tal denominação, outros fundamentaram no próprio depoimento de Caboto e de seus marujos Gregório Caro, Gaspar Gazaña, Nicolau Venecia, dentre outros, aceito a denominação atribuída por Caboto.
Alguns estudiosos atribuem tal denominação dado ao dia 25 de Novembro, dia dedicado a Santa Catharina de Alexandria, razão bem aceita, ou talvez uma denominação dada em homenagem a esposa do navegador, D. Catarina Medrano, com quem ele havia casado após ter viuvado de sua primeira esposa, deste modo o navegador quis presenteá-la com tal homenagem, Catarina Medrano era uma péssima mulher, uma pedra em sua vida, um pesadelo em vida, maltratando-o, envergonhando-o frente a todos os que o rodeavam, talvez devido a isso ele sempre esteve metido em expedições além-mar, em busca de tranquilidade que nem o próprio oceano não lhe proporcionava.
No ano de 1527, precisamente em fevereiro, Caboto adedentrou-se ao mar rumo ao Rio da Prata.
Henrique Montes estava em sua companhia juntamente com Melchior Ramires, com os respectivos filhos e 13 desertores da frota de D. Rodrigo, retirando da terra uma ligação entre os europeus e aborígenes, as riquezas do solo, madeiras, peles, prata, ouro, pedras preciosas, frutas, víveres e vereais diversos, falavam a língua dos indígenas, aprendida com o convívio após um naufrágio, e confraternizando de suas tradições e cultura. Sempre que estavam no mar necessitavam das riquezas da terra que os indígenas produziam como ninguém.
Henrique Montes |
Henrique Montes |
Caboto viu-se obrigado a deixar uns homens com os nativos devido à doença tropical , substituindo-os, o fidalgo Francisco de Rojas censurou o Comandante Caboto, por desconhecer as ordens reais, que eram de viajar para Molucas, não para o Rio da Prata, e contra quem o chefe da expedição nutriu um incomensurável rancor, o Piloto Miguel de Rodas, o Tenente Martim Mendes, veteranos da fantástica Viagem de Circunavegação de Fernão de Magalhães, e Francisco Pacheco, o qual preferiu ficar em terra acompanhando os doentes, juntamente com uns poucos desertores de D. Rodrigo de Acuña e outros que fugiram da dureza do Capitão Sebastião Caboto.
Com muita piedade, Melchior Ramires os recomendou aos indígenas e ao morubixaba local que agora por casamento eram parentes, que cuidassem destes homens. E o que se sabe, apenas Francisco de Rojas retornou à sua pátria, levado alguns anos mais tarde pelo navegador Gonçalo Coelho.
Ao retornar ao Rio da Prata, precisamente 03 anos depois, Caboto não teve a menor preocupação em saber da sorte de seus ex-companheiros de navegação, somente a fome fez com que ele retornasse ao litoral de Santa Catarina para abastecer-se na Enseada de Tijucas, à qual denominou de São Sebastião.
Henrique Montes |
Mais uma vez tendo contato com os indígenas, aos quais Caboto tanto devia, após receber bastante provisões que necessitaria para suportar a viagem de regresso, Caboto demonstrou ter maus sentimentos e perversidade ao tratar os indígenas, levando para a Europa 04 indígenas jovens filhos de chefes locais.
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