sexta-feira, 16 de novembro de 2012

015 - JUAN DIAS SOLIS



015 - JUAN DIAS SOLIS



Juan Dias Solis.

          Em 1516 foi preparada uma navegação em segredo, esta destinava-se aos Mares do Sul, a expedição espanhola secreta era comandada pelo Piloto Mor de Espanha, Juan Dias Solis.




Juan Dias Solis.

          Tendo aportado em alguns portos do litoral do Brasil, inclusive entre a Ilha dos Patos, onde este a denominou Baia dos Perdidos, por ter, ao que se supõem, nesta Baia encontrado alguns europeus. Solis a denominou Ilha da Prata, a atual Ilha da Paz, próxima à São Francisco, bem como a ponta existente nesta, denominada João Dias. Entretanto esta última, alguns historiadores acreditam que o João Dias não tenha sido piloto mor de Espanha, mas um modesto Lusitano, o qual um tempo depois veio a povoar a região.

Juan Dias Solis.


           Solis foi trucidado no Rio da Prata pelos naturais bem como os remanescentes da expedição, os quais sem seu chefe, optaram por regressar à Espanha. Entretanto uma das embarcações, deslocou-se devido a um violento temporal, resolveu aportar em uma das baias existentes na região, entre a Ilha dos Patos e o continente, porém ao penetrar no Canal Sul, foram vítimas de um sinistro e naufragaram, sendo jogados ao mar seus 15 tripulantes, dos quais 11 lograram atingir a costa.


Juan Dias Solis.
          Se o nome Baia dos Perdidos se deve a este fato, Solis não a tenha denominado. 


Juan Dias Solis.


          Deste 11 sobreviventes, 05 tiveram seus nomes conservados: Henrique Montes, Melchior Ramires, Francisco Pacheco, Aleixo Garcia e Francisco Fernandes.



Juan Dias Solis.

          Os náufragos foram acolhidos pelos indígenas da região, estabeleceram-se entre os naturais e com mulheres da tribo vieram a casarem-se. Mais tarde fixando-se na região, vieram a prestar serviços a navegadores e a exploradores que por estas praias aportavam.


          Teria servido um deles, Melchior Ramires de piloto prático e de intérprete para uma expedição portuguesa  ao Rio da Prata, a qual era chefiada pelo Capitão Cristóvão Jaques.
Juan Dias Solis.

           A data precisa desta expedição não sabemos, foi entre 1521 a 1527, teria ela chego ao Porto dos Patos, onde Ramires tornou-se prático, deviso ser um dos sobreviventes da armada de solis, também por falar a língua dos indígenas da região.



Juan Dias Solis.


          No ano de 1525 a Espanha prepara nova Armada, desta vez à Molucas, sendo seu Capitão Jofre Garcia de Loaysa. Foi pega pelos temporais nas proximidades do Estreito de Magalhães. O galeão São Gabriel,  comandado por D. Rodrigo de Acuña, veio aportar em um ponto na costa de Santa Catarina, onde teve contato com 04 dos 11 náufragos de Solis, onde veio a saber que os outros estavam em guerra junto aos indígenas que os acolheram.



Juan Dias Solis.

          Refeito da viagem, reabastecido, D. Rodrigo de Acuña, dispunha-se alcançar o restante da expedição quando uma pequena barca que retornava para bordo do Galeão carregada, adentrou, perecendo nada menos que 15 marujos. Seduzidos pelos remanescentes de Solis, outros 17 marujos decidiram desertar permanecendo em terra. Isso veio a obrigar D. Rodrigo, desfalcado de seus marujos, a desistir da ideia de se reunir novamente com seus companheiros e regressar à Espanha. Entretanto foi carregado de duas arroubas de ouro e prata, ofertada pelos velhos marujos em honra ao Rei de Espanha. Todavia nada chegou ao seu destino, São Gabriel naufragou na Costa Norte do Brasil.


Juan Dias Solis.





          

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