DE MANOEL GONÇALVES DE AGUIAR
Ao morrer Manoel Lourenço de Andrade, com o trágico fim de Dias Velho, com a retirada deste para Santo Antônio dos Anjos da Laguna, as Póvoas do Litoral Catarinense ficaram por seus próprios recursos, atravessando muitas dificuldades, abandonadas com um número reduzido de moradores.Entraram no Século XVIII isoladas e esquecidas.
Santo Antônio dos Anjos da Laguna |
O Governador de São Sebastião do Rio de Janeiro incumbiu o Capitão Manoel Gonçalves de Aguiar de percorrer o Litoral Sul entre os anos de 1709 e 1710 para verificar a possibilidade de de fundar um estabelecimento na Enseada da Garoupas, sendo que o Capitão Manoel Gonçalves de Aguiar inicia sua investigação em fevereiro de 1711, regressando em abril do mesmo ano. Assim ao chegar à São Sebastião do rio de janeiro entrega em mãos ao Governador um minucioso relatório. Em São Francisco, o Capitão Manoel Gonçalves de Aguiar ouviu o Capitão Mor da Vila, Agostinho Alves Marinho, bem como os Oficiais da Câmara, moradores antigos, todos os entrevistados disseram-lhe que um estabelecimento nas Garoupas seria inviável, o motivo era argumentado pelo motivo de o terreno na região ser todo pantanoso.
Santo Antônio dos Anjos da Laguna |
A Vila de São Francisco, seu Porto, suas terras marginais, causaram-lhe excelente impressão, deste modo o explorador registrou sua impressão, incluindo os desmandos do Ex-Capitão Mor Domingos Fernandes, o Cabecinha, o qual tiranizou a Vila por 20 anos, apesar de já ter sido deposto ainda havia o pavor na lembrança de todos que ;á viviam.
Manoel Manso de Avelar |
Ao visitar as Garoupa, o Capitão Manoel Gonçalves de Aguiar percebeu in loco o que os morados da Vila haviam lhe relatado, sendo assim rumou para Santa Catarina, chegando ao seu destino aos 07 dias do mês de abril do ano de 1711. Na Póvoa de Dias Velho o Capitão Aguiar encontra apenas 20 pessoas, no entanto a impressão que teve da Ilha foi muito boa, relatou em seu diário que lá encontrou 20 léguas de perímetro, com ricas praias e enseadas, rios, e que eram as melhores terras do Brasil, que nelas haviam uma infinidade de frutos, que as terras da Ilha possuíam um continente fronteiro onde haviam milhares de habitantes. Que ali não havia uma organização, apenas moradores dispersos em volta de uma Igreja e duas pescarias, como mais tarde Manoel Manso de Avelar relataria também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário