sábado, 8 de dezembro de 2012

035 - NOVA EXPEDIÇÃO DE MANOEL GONÇALVES DE AGUIAR



035 - NOVA EXPEDIÇÃO 
DE 
MANOEL GONÇALVES DE AGUIAR



          Manoel Gonçalves de Aguiar depois de visitar Santa Catarina retorna à Santos, recebendo nova missão para o ano de 1714, devendo percorrer novamente a Costa Catarinense até atingir Santo Antônio da Laguna. Partindo de Santos em Novembro do ano de 1714, regressando em agosto de 1715.

Domingos Francisco Francisques - o Cabeciha

                
          O Cabeciha continuava aterrorizando São Francisco juntamente com seus asseclas, após tomar algumas providências, prosseguiu a viagem o explorador, desta vez rumo a Ilha de Santa Catarina, e nesta Póvoa deixou 03 sodados. Em dezembro de 1715, já se encontrava em Santo Antônio da Laguna, tendo chegado em Laguna no dia 27, permanecendo ali por 27 dias.


Vila Santo Antônio dos Anjos da Laguna
          
             Explorou a sua Barra, examinou seus campos, suas terras, suas dunas, percebeu que as terras eram propícias para a criação, visitando Imbituba nesta ocasião. Percebeu que lá seria possível povoar com milhares de colonos para povoá-la e desenvolvê-la.  Verificou que sua Lagoa era tão abundante em pescado que, tendo a Vila poucos moradores, anualmente enviava para outras regiões cerca de 03 a 04 embarcações repletas de peixe salgado. Seus contornos estavam completamente despovoados, até mesmo de autóctones, sendo que a Vila possuía apenas 20 casais, entre os Juízes da Câmara, estava um fidalgo bastante digno, o genro de Brito Peixoto, o Senhor João de Magalhães.


Domingos Francisco Francisques - o Cabeciha

          Em janeiro de 1815 regressou à Ilha de Santa Catarina, passou a Itapocoruí, rumando para São Francisco, surpreendendo o facínora Domingos Francisco Francisques, que permanecia escondido. Prendeu 09 de seus comparsas, mas o Capitão Mor não foi preso pois seus amigos o preveniram da chegada de autoridades, permitindo que o criminoso se escondesse nas matas em segurança. Em março, abandonou a empresa seguindo para Paranaguá, e daí para Santos.

 
          Em 1714, o Governador D. Francisco Távora elevou Santo Antônio dos Anjos da Laguna à categoria de Vila Santo Antônio dos Anjos da Laguna, e em 1715 fez regressar a ela um de seus co-fundadores, Francisco de Brito Peixoto, que encontrava-se em Santos.


Francisco de Brito Peixoto
          
          O intuito do Governador D. Francisco Távora ter tomado tais medidas era apenas para conquistar o Rio Grande, o continente já partilhado pelo bandeirantes vicentista e do qual eram grandes entusiastas os lagunenses.


Vila Santo Antônio dos Anjos da Laguna
        
          Gonçalves de Aguiar recebeu as melhores informações possíveis do vasto continente sulino, de que eram as melhores terras do Brasil para se povoar, que poderiam receber todos os habitantes do Brasil e ainda sobrariam terras, pois as campanas eram vastíssimas. Haviam nelas minas de prata e ouro, imenso era o rebanho de gado que viviam nas pastagens dos pampas, oriundos das Missões Jesuíticas, infinidade de madeiras, pescado sem fim, frutos tropicais em abundância, clima excelente, com tudo isso contava o Rio Grande do Sul.


Francisco de Brito Peixoto
        
             A Missão de Aguiar foi na verdade a de trazer Brito Peixoto para o Sul, o bandeirante, apesar de seus anos, de sua fadiga, aceitou o chamado real, retornou a terra a qual havia sido um de seus fundadores. Não pode colocar-se ao apoio dos lagunenses que iriam conquistando para Portugal o continente vizinho, fazendo a conquista dilatar-se recuando dia a dia o Tratado de Tordesilhas, mas o que se desejava dele era seu poder de mandatário e autoridade respeitada, já percebida anteriormente e que mais uma vez se deixava  visível.



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