032 - DIAS VELHO ATACA, CORSÁRIOS SE VINGAM

032 - DIAS VELHO ATACA, 

CORSÁRIOS SE VINGAM

          Os colonos juntamente com Dias Velho dedicaram-se ao cultivo das terras, plantaram mandioca, cana de açúcar, aipim, edificaram engenhos para a produção de farinha e açúcar, uns dedicaram-se a pesca, outros procuraram ouro.

Dias Velho

        
            A estabilidade da Póvoa de Dias Velho durou pouco. No ano de 1687, na conhecida enseada de Canas Vieiras, ao amanhecer o dia aporta um navio corsário provavelmente inglês a procura de reparo. Dias Velho foi informado do que estava ocorrendo, com um grupo de colonos atacou e capturou os corsários, aprisionando-os. Apoderou-se da carga, enviando os tripulantes à São Vicente. Os bens arrecadados foram enviados à Fazenda Real, a qual fez eloquentes elogios pela ação do povoador ao combater o contrabando e a ação de pirataria no Sul.

Dias Velho

       

           Em 1689 sedentos de vingança os corsários retornam e atacam São Francisco com o intuito de chegar à Ilha de Santa Catarina. Nesta ocasião alguns francisquenses enviam mensageiros até Dias Velho comunicando-o do ocorrido. Desse modo ele prepara a defesa, no entanto é pego de supetão, o assalto ocorre de surpresa durante a noite, os invasores abrem picada pelas matas, caem sobre o povoado sedentos de vingança e sangue.

Dias Velho

        

         Dias Velho foi preso e levado até a ermida onde veio a falecer de total desespero, não pode defender a honra de suas filhas, ao tentar fazê-lo recebeu um tiro que o deixou imóvel. Os invasores tentaram levar a bordo da embarcação todos os familiares do fundador, no entanto 02 frades que residiam na póvoa suplicaram que não o fizessem, e em troca de provisões, seus familiares seguiram em liberdade.

Dias Velho

         

           Os reforços chegaram do continente um pouco tarde, a tragédia já havia sido cometida. O irmão do fundador, José Dias Velho levou seus parentes para São Paulo, deixando Desterro ao abandono, levando consigo a dolorosa tragédia vivida naquela trágica noite. Para Santo Antônio dos Anjos da Laguna seguiu o filho do fundador, José Pires Monteiro, o único descendente de Dias Velho que ficou em Santa Catarina.