domingo, 2 de dezembro de 2012

031 - FUNDAÇÕES LITORÂNEAS: NOSSA SENHORA DO DESTERRO



031 - FUNDAÇÕES LITORÂNEAS: 
NOSSA SENHORA DO DESTERRO




Salvador Corrêa de Sá e Benevides
        
       Quando ocorreu a dispersão de paulistas e vicentistas rumo ao Sul, o segundo ponto a ganhar uma fundação estável na Ilha de Santa Catarina, evitando a chegada de espanhóis e muito conhecida por estes  navegadores.

Salvador Corrêa de Sá e Benevides

         
           No ano de 1657 Salvador Corrêa de Sá e Benevides, os quais seriam nomeados Governadores de São Sebastião do Rio de Janeiro, impetrou o requerimento ao Rei de Portugal pela adoção de 100 léguas da costa, rumo ao Sul, e nestas terras compreendendo a Ilha de Santa Catarina, Ouvido do Conselho Ultramarino, seus membros e representantes manifestaram-se de modo favorável à a concessão de terras, atendendo à excelência das terras e portos da região, às vantagens a serem concedidas a doação para homens cristãos de cabedais e fidalguia, bem como a quem toda a costa para quem dela desejasse povoar, por terem os moradores de Santos terem retirado todos os gentios que nela habitavam de modo selvagem e agora catequizados em nome do Senhor.

Salvador Corrêa de Sá e Benevides

          
           Apesar de parecer ter sido feito uma doação, nada foi feito na realidade, haviam obstáculos rígidos, um deles era o protesto de Donatários, os quais eram seus legítimos donos. No ano de 1663, uma Resolução Real concedia a Ilha a Agostinho Barbalho Bezerra, o qual nela nada realizou, sendo assim, anos mais tarde concedidas em regime de Sesmarias a Francisco Dias Velho. Já em 1666, Antônio Afonso chega com 06 companheiros e familiares com o intuito de povoar a terra firme, obtendo assim do Capitão Mor do Paranaguá e Procurador do Marquês de CascaesGabriel de Lara, aos 03 dias do mês de outubro do ano de 1666, carta de Sesmarias de meia légua de terras, mas nada ficou registrado a respeito de tais povoadores.

Francisco Dias Velho

         
            Por fim coube a Francisco Dias Velho fixar-se na Ilha de Santa Catarina e nela fundar uma pequena Póvoa. Francisco Dias Velho, paulista, o qual quando muito jovem havia vindo na Ilha dos Patos com o pai e conhecido os gentios, era Alcaide e Juiz de sua terra natal, havia contraído matrimônio com a Senhora Maria Pires Fernandes, da poderosa e ilustre família dos Pires e com esta teve 12 filhos.

Francisco Dias Velho
          
          O paulista fez Requerimento ao Governador da Capitania no ano de 1678 pedindo-lhe 02 léguas em quatro terras da Ilha de Santa Catarina, onde já havia a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, além de outras terras firmes, sendo dessa forma, fixou moradia na Ilha de Santa Catarina, transferindo-se para lá com toda sua família, agregados e escravos, alegando cultivar a terra e construir edificações, o que lhe garantiu a obtenção da doação.


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