Salvador Corrêa de Sá e Benevides |
Quando ocorreu a dispersão de paulistas e vicentistas rumo ao Sul, o segundo ponto a ganhar uma fundação estável na Ilha de Santa Catarina, evitando a chegada de espanhóis e muito conhecida por estes navegadores.
No ano de 1657 Salvador Corrêa de Sá e Benevides, os quais seriam nomeados Governadores de São Sebastião do Rio de Janeiro, impetrou o requerimento ao Rei de Portugal pela adoção de 100 léguas da costa, rumo ao Sul, e nestas terras compreendendo a Ilha de Santa Catarina, Ouvido do Conselho Ultramarino, seus membros e representantes manifestaram-se de modo favorável à a concessão de terras, atendendo à excelência das terras e portos da região, às vantagens a serem concedidas a doação para homens cristãos de cabedais e fidalguia, bem como a quem toda a costa para quem dela desejasse povoar, por terem os moradores de Santos terem retirado todos os gentios que nela habitavam de modo selvagem e agora catequizados em nome do Senhor.
Apesar de parecer ter sido feito uma doação, nada foi feito na realidade, haviam obstáculos rígidos, um deles era o protesto de Donatários, os quais eram seus legítimos donos. No ano de 1663, uma Resolução Real concedia a Ilha a Agostinho Barbalho Bezerra, o qual nela nada realizou, sendo assim, anos mais tarde concedidas em regime de Sesmarias a Francisco Dias Velho. Já em 1666, Antônio Afonso chega com 06 companheiros e familiares com o intuito de povoar a terra firme, obtendo assim do Capitão Mor do Paranaguá e Procurador do Marquês de Cascaes, Gabriel de Lara, aos 03 dias do mês de outubro do ano de 1666, carta de Sesmarias de meia légua de terras, mas nada ficou registrado a respeito de tais povoadores.
Por fim coube a Francisco Dias Velho fixar-se na Ilha de Santa Catarina e nela fundar uma pequena Póvoa. Francisco Dias Velho, paulista, o qual quando muito jovem havia vindo na Ilha dos Patos com o pai e conhecido os gentios, era Alcaide e Juiz de sua terra natal, havia contraído matrimônio com a Senhora Maria Pires Fernandes, da poderosa e ilustre família dos Pires e com esta teve 12 filhos.
O paulista fez Requerimento ao Governador da Capitania no ano de 1678 pedindo-lhe 02 léguas em quatro terras da Ilha de Santa Catarina, onde já havia a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, além de outras terras firmes, sendo dessa forma, fixou moradia na Ilha de Santa Catarina, transferindo-se para lá com toda sua família, agregados e escravos, alegando cultivar a terra e construir edificações, o que lhe garantiu a obtenção da doação.
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