Em 1645 Oficiais da
Câmara de São Paulo representaram o Donatário da Capitania de São Vicente,
o 6º Conde de Monsanto e 1º Marquês de Cascaes, contra
os Padres da Companhia de Jesus, alegando na ocasião que seria impraticável
administrar a Capitania sem o auxílio dos indígenas, pois se membros da
Companhia de Jesus tivessem recrutados todos os nativos para as Missões ou
Aldeamentos, seria impossível a administração da Capitania.
Rei D. João IV
Os Oficiais da Câmara representaram o Capitão
ao alegarem que a região possuía a barra do Rio São Francisco, com boa barra
para entrada e saída de navios, com boas terras para o cultivo, alegaram que a
região já havia sido povoada por Manoel Lourenço de Andrade e seus
companheiros.
O Rei D. João IV no ano de 1646,
mandou que o Conselho Ultramarino fosse ouvido em seu nome. Já havia uma
concessão feira em nome de Antônio Fernandes, feita em 1642 para povoar a
região fundando uma Vila onde já havia a Capela de Nossa Senhora das Graças,
com amplo apoio do Marquês de Cascaes, estabelecendo-se no local com seus
companheiros afim de fundar a vila tão sonhada. O povoador português levou
consigo o um proeminente paulista com sua esposa e filhos, seu genro, Luis
Francisco Cavalinho, o qual também levou certo número de agregados, escravos,
cavalos, ferramentas e instrumentos agrícolas.
Distribuiu terras aos companheiros na
vizinhança, sendo seu vizinho de estrema, seu genro. No Saí localizou-se Antônio
Francisco Francisques, no Parati, Francisco Alves marinho, João Dias de
Arzão, no Acaraí, na Ilha do Mel, Vicente Arrillos, além de outros
colonos que foram estabelecidos pela circunvizinhana do litoral catarinense.
No ano de 1660 a Póvoa foi elevada à
categoria de Vila, já no ano de 1665, foi elevada à categoria de Paróquia, ano
em que recebeu seu primeiro Vigário, o Padre Manoel Faria Fialho. Foi
justamente na época em que seu fundador viria a morrer, sendo sepultado na
própria Igreja como era de costume à frente do altar da Padroeira Nossa Senhora
da Graça. Seu genro, Luiz Rodrigues Cavalinho já havia falecido alguns meses
anteriormente, sendo assim alguns meses depois a Capitania-mor da Vila passou
às mãos do senhor Domingos Francisco Francisques, conhecido pelo apelido de
Cabecinha.
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