domingo, 9 de dezembro de 2012

037 - SÉCULO XVIII - MANOEL MANSO DE AVELAR



037 - SÉCULO XVIII 
MANOEL MANSO DE AVELAR



          Manoel Manso de Avelar e sua família foram os componentes da segunda leva de povoadores da Ilha de Santa Catarina, embora em 11 de janeiro do ano de 1698 o Cabecinha, Domingos Francisco Francisques, enquanto procurador do Marquês de Cascaes, concedeu Sesmarias a outros povoadores. Com efeito, ao Capitão Antônio Bicudo Camacho bem como a 20 casais o Procurador concedeu terras ao sul de Massiambu, incluindo os campos de Araçatuba e, na Ilha de Santa Catarina, ao Capitão e a seu sobrinho, o Padre Mateus de Leão, como também a outros companheiros, Sesmarias de 02 léguas de terras, confrontando com as terras de Francisco Dias Velho, desde a Lagoa do Rio Ratones.

Francisco Dias Velho


         
         Após a trágica morte de Dias Velho, parte de sua família recolheu-se em São Vicente, apenas um de seus filhos permaneceu em terras catarinenses, abrigando-se à sombra do fundador de Santo Antônio dos Anjos da Laguna. Todo  domínio que pretendeu levantar na Ilha de Santa Catarina desmoronou-se ficando a Ilha no mais profundo abandono.



Domingos Francisco Francisques; o Cabecinha

          Foi no ano de 1700 que surgiu, Manoel de Manso Avelar, um Lisboeta, casado na Póvoa de São Francisco com Urbana Rodrigues Velha, possivelmente da mesma família de Isabel Rodrigues Velha, esposa de um dos primeiros fundadores de São Francisco, Luiz Rodrigues Carvalho.

Manoel de Manso Avelar
          Manoel Manso de Avelar, principal morador da Ilha, veio em companhia de Salvador de Souza Brito, seu concunhado, natural da Ilha Grande, casado com a Senhora Teodósia Rodrigues Velha, irmã de Urbana, a qual teria vindo para a Ilha com seu Sargento Mor Governador.
Manoel de Manso Avelar

        
            Manoel Manso de Avelar, tornou-se tornou-se chefe de numeroso clã, um verdadeiro ditador de grande poder, incontestável, a quem todos temiam, brancos livres, escravos e até autoridades eclesiásticas, sendo sua vontade a única lei.  Em documento datado de 1722, descreve Desterro e Laguna como simples locais de pescaria, duas povoações insignificantes e bastante pobres, morada de pescadores e nada mais.

Manoel de Manso Avelar
       Com certeza Manoel Manso de Avelar era conhecedor do fim trágico de seu primeiro povoador, percebeu que havia muito pouco a esperar da proteção da Coroa, pois estas terras eram abandonadas, quase que desconhecidas do resto do mundo, não queria em hipótese alguma fadar-se ao mesmo erro que levou ao fim de Dias Velho. Passou ele com o tempo ser bom aos habitantes, deixando de ser hostil e ditador, até mesmo aos navegadores e piratas que por aqui aportavam, principalmente franceses que ali aportavam para arrumarem provisões e seguirem em viagem, mesmo sabendo-se que Portugal e França encontravam-se em guerra. 
Manoel de Manso Avelar
         
          Manoel Manso de Avelar, dedicou-se ao contrabando, sendo denunciado seriamente, pois cedia os produtos da terra aos navegantes inimigos de Portugal, gêneros alimentícios, água, madeira, frutos, peles, et cetera, recebendo em troca pólvora, armas, roupas, instrumentos que necessitavam mais do que dinheiro, que na Ilha não tinha validade alguma devido a importância maior do escambo.

Manoel de Manso Avelar


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