081 – DOS FINAIS DO SÉCULO XVIII À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – A MEDICINA E
OS LICENCIADOS NA VILA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO
Durante
o Século XVIII a Medicina era exclusivamente caseira. Os cirurgiões exerciam a
arte de fazer sangrias, aplicavam ventosas, sangue sugas e outras atividades
que eram exercidas pelos barbeiros.
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Primeiras Boticas na Capitania de Santa Catarina
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No
ano de 1789 havia apenas 04 médicos na Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Em Santa Catarina já havia alguns cirurgiões,
os quais eram bastante hábeis em fraturas e outros problemas, como o
famoso Cirurgião Paulo Lopes Falcão,
cirurgião de fragatas, o qual teria dado
seu nome a Localidade de Paulo Lopes,
hoje Município de Paulo Lopes.
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Cirurgião Paulo Lopes Falcão
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O
referido cirurgião atendia aos casais de açorianos que chegavam à Ilha, após
meses de viagem, chegavam atacados de escorbuto, desidratados, com doença
infecciosa, dentre outras moléstias. No ano de 1769 o Cirurgião Paulo Lopes Falcão foi nomeado Cirurgião do Hospital
Real, Hospital Militar da Época na Vila de Nossa Senhora do Desterro, pelo
Governador Francisco de Sousa Menezes, e na Ilha falecendo o Cirurgião no ano
de 1796.
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Primeiras Boticas na Capitania de Santa Catarina
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No
ano de 1787, em Lisboa a Junta do Protomedicato licenciava Joaquim da Silva Raimundo, natural da Ilha de Santa Catarina, filho
do Alferes José da silva Pereira, apto
para exercer as faculdades de curar, sangrar, aplicar ventosas, sanguessugas ou
ataduras, o 1º Catarinense legalmente habilitado para exercer a arte de curar.
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Cirurgião Paulo Lopes Falcão
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Na
Vila de Nossa Senhora da Graças do Rio de são Francisco, nesta época, Manoel de
Oliveira Sercal desejou exercer suas funções de Cirurgião Licenciado, mas a
Câmara indeferiu seu pedido. O motivo alegado era o de que ninguém ali desejava
um licenciado, fosse Manoel de Oliveira Sercal ou
qualquer outro, estavam acostumados com suas benzedeiras, rezadeiras ou os que
receitavam chás ou garrafadas.
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Primeiras Boticas na Capitania de Santa Catarina
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É
certo de que Boticas ou Farmácias ali não havia, pois as Primeiras Boticas na
Capitania de Santa Catarina datam de 1830. Os medicamentos utilizados pelo povo
eram ervas, unguentos, rezas, garrafadas, unguentos indicados por benzedeiras e
curandeiros idosos oriundos de açores, indígenas locais ou até mesmo por
escravos africanos.
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