quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

081 – DOS FINAIS DO SÉCULO XVIII À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – A MEDICINA E OS LICENCIADOS NA VILA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO


081 – DOS FINAIS DO SÉCULO XVIII À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – A MEDICINA E OS LICENCIADOS NA VILA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO

                Durante o Século XVIII a Medicina era exclusivamente caseira. Os cirurgiões exerciam a arte de fazer sangrias, aplicavam ventosas, sangue sugas e outras atividades que eram exercidas pelos barbeiros.

Primeiras Boticas na Capitania de Santa Catarina

                No ano de 1789 havia apenas 04 médicos na Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro. Em Santa Catarina já havia alguns cirurgiões,  os quais eram bastante hábeis em fraturas e outros problemas, como o famoso Cirurgião Paulo Lopes Falcão, cirurgião de fragatas,  o qual teria dado seu nome a Localidade de Paulo Lopes, hoje Município de Paulo Lopes.


Cirurgião Paulo Lopes Falcão
       O referido cirurgião atendia aos casais de açorianos que chegavam à Ilha, após meses de viagem, chegavam atacados de escorbuto, desidratados, com doença infecciosa, dentre outras moléstias. No ano de 1769 o Cirurgião Paulo Lopes Falcão foi nomeado Cirurgião do Hospital Real, Hospital Militar da Época na Vila de Nossa Senhora do Desterro, pelo Governador Francisco de Sousa Menezes, e na Ilha falecendo o Cirurgião no ano de 1796.


Primeiras Boticas na Capitania de Santa Catarina
                No ano de 1787, em Lisboa a Junta do Protomedicato licenciava Joaquim da Silva Raimundo, natural da Ilha de Santa Catarina, filho do Alferes José da silva Pereira, apto para exercer as faculdades de curar, sangrar, aplicar ventosas, sanguessugas ou ataduras, o 1º Catarinense legalmente habilitado para exercer a arte de curar.


Cirurgião Paulo Lopes Falcão
                Na Vila de Nossa Senhora da Graças do Rio de são Francisco, nesta época, Manoel de Oliveira Sercal desejou exercer suas funções de Cirurgião Licenciado, mas a Câmara indeferiu seu pedido. O motivo alegado era o de que ninguém ali desejava um licenciado, fosse Manoel de Oliveira Sercal ou qualquer outro, estavam acostumados com suas benzedeiras, rezadeiras ou os que receitavam chás ou garrafadas. 


Primeiras Boticas na Capitania de Santa Catarina
                É certo de que Boticas ou Farmácias ali não havia, pois as Primeiras Boticas na Capitania de Santa Catarina datam de 1830. Os medicamentos utilizados pelo povo eram ervas, unguentos, rezas, garrafadas, unguentos indicados por benzedeiras e curandeiros idosos oriundos de açores, indígenas locais ou até mesmo por escravos africanos.




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