sexta-feira, 4 de outubro de 2013

149 - BIBLIOTECAS E LIVRARIAS DA PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA

149 -  BIBLIOTECAS E LIVRARIAS DA PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA  
       



           No ano de 1832 foi criada a  Biblioteca Púbica da Província de Santa Catarina, nesta foi mantida por longos anos a Sociedade Patriótica na Capital Desterro onde reuniam-se personalidades políticas e sociais catarinenses.

Presidente João José Coutinho

           O Major Antônio da Sepúlveda Ewerard teve a ideia de sua criação, sendo aprovada em sessão do dia 19 de agosto do ano de 1832, sob a forma de um Gabinete de Leitura a ser instalado pela sociedade.

Presidente João José Coutinho

           O Deputado à Câmara Diego Duarte Silva, ampliara suas finalidades, criando não apenas um simples gabinete, porém uma Biblioteca Pública, tal ideia foi aprovada aos 16 de dezembro do ano de 1832.

Presidente João José Coutinho

           Em fevereiro de 1833 uma comissão constituída pelos Senhores Tomaz Silveira de Souza, José da Silva Mafra, Henrique Marques Lisboa, Feliciano Nunes Pires, dentre outros patrocinadores procuraram angariar volumes para a Biblioteca. Duarte da Silva foi o patrocinador da iniciativa, deu exemplo a todos, dirigiu-se em viagem à Corte do Rio de Janeiro com o intuito de representar a Província de Santa Catarina nos trabalhos legislativos, entregou, por intermédio de Carlos Maria Duarte 800 volumes literários para a Sociedade Patriótica, sendo que tais volumes pertenciam à sua Biblioteca Particular, sendo que destes 100 por doação, 700 volumes por empréstimo. Em abril do referido ano a sala destinada ao Gabinete Público estava pronta aos leitores.

Presidente João José Coutinho

           Da Corte do Rio de Janeiro Diogo Duarte Silva havia enviado 140 volumes, destes 100 volumes haviam sido doados por Evaristo da Veiga e 40 por José Carvalho Ribeiro e José Silvestre Rebelo. A Sociedade de Instrução Elementar ofereceu uma coleção  dos seus escritos, Francisco Crispiniano Valdetaro, Secretário da Sociedade enviara outra coleção. A essa altura a promissora iniciativa mostrou nobre que a Sociedade Patriótica crescera, necessitando de um espaço maior e mais central.

Presidente João José Coutinho

          A Biblioteca estava em plenos funcionamentos até o ano de 1835 e em fevereiro de 1836 a Sociedade Patriótica do Desterro encerrava as suas atividades, seus dirigentes devolveram aos seus proprietários os livros em depósito, o destino das outras obras doadas não se tem registros.

Presidente João José Coutinho

           A 2ª Biblioteca Pública foi fundada durante o governo do Presidente João José Coutinho no dia 09 de Janeiro de 1855, com 474 volumes ofertados por meio de doação. 


Segunda Biblioteca Pública de Florianópolis 
- 09-01-1855

           Com de 158 anos de existência possui um acervo precioso com coleções inestimáveis de Jornais Catarinenses do século passado, muitas obras raras e valiosas, suas visitas são frequentes e aumentam a cada ano.


Laguna

           Em Laguna no ano de 1876 foi instalada uma Biblioteca Pública com quase 500 volumes, e no ano seguinte atingia um total de 1400 volumes.


Laguna

           Em outros pontos da província de Santa Catarina haviam volumes à disposição de leitores, porém não estavam à disposição do público em geral.  Eram Bibliotecas Privadas, em Gabinetes de Diretores de Escolas Públicas e Particulares, Sociedades e Entidades Filantrópicas e Religiosas, por quase todas as Colônias da Província haviam pontos onde se encontravam tais volumes à disposição apenas de seus associados ou membros das comunidades.


Governador João Alberto Miranda Ribeiro 

           Durante o século XVIII não há registros de que houvessem livrarias na Província de Santa Catarina que colocassem à disposição de seus habitantes qualquer tipo de obra literária, nem se que havia interesse de que a população se visse interessada em obtê-las. Isso deve-se ao fato de que a população não possuía instrução, o que era privilégio de poucos abastados.


Governador João Alberto Miranda Ribeiro 

           O Governador João Alberto Miranda Ribeiro recebeu oficialmente várias remessas de livos do Governo, para depois vendê-los aos cidadãos, quase todos os volumes possuíam a característica peculiar de instruir seus leitores a respeito de assuntos diversos como cultivo da urumbeva, do linho, do cânhamo, do tabaco, do algodão, da videira, da produção de queijo, do açúcar, da arte de produzir cola dentre outros temas. Outras obras eram denominadas Arte da Língua Geral do Brasil, Dicionário da Língua Geral do Brasil, Quinas Iluminadas e de Bocage, Canto Heroico.


Governador João Alberto Miranda Ribeiro 

           Obras científicas haviam poucas, entretanto constava alguns volumes como A Helmintologia Portuguesa e os Naturalistas Instruídos.


Governador João Alberto Miranda Ribeiro 

          Provavelmente no século XIX após a Independência do Brasil o comércio de livros tenha aumentado na Capital do Estado de Santa Catarina, de 1850 em diante os Jornais noticiavam a venda de lançamento de livros à venda em casas especializadas, relação que se publicava a cada novo estoque. Os registros demonstram que as primeiras casas a negociarem livros na Capital foram no ano de 1850 as de Francisco Farias e em 1863 de Antônio M. Isnard.


         
     
             

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