quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

103 – A VIDA CATARINENSE COM A GUERRA DOS FARRAPOS E A REPÚBLICA JULIANA – A AÇÃO LEGAL


103 – A AÇÃO LEGAL - A VIDA CATARINENSE COM A GUERRA DOS FARRAPOS E A REPÚBLICA JULIANA



Em fevereiro de 1836, na Província de Santa Catarina o Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti não se mostrava desatento a gravidade do que estava ocorrendo. Em janeiro o Presidente lança um Manifesto estimulando a população da província de Santa Catarina a se conservar fiel às Instituições monárquicas permanecendo dentro da ordem e da lei. No entanto o Manifesto do Presidente não surtiu efeito algum.

Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti

O Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti visitou a Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna podendo comprovar os sentimentos Farroupilhas da população, ao verificar o ocorrido buscou tomar medidas cabíveis frente aquela atitude que lhe causara indignação

Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti

O Comandante do 2º Corpo do Exército Henrique Marques da Silva Lisboa foi convocado pelo Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti para que na Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna e em Lages fosse formado um Contingente da Guarda nacional para que no sul este mantivesse a ordem.


Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard
Ocorreu um episódio inédito, a população recusou em atender o apelo do Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti e a Tropa Regular deu demonstração de que não estava disposta em seguir ao sul. Umas séries de Boletins Subversivos passaram a surgir. O comandante da Tropa conseguiu abortar um motim subversivo na hora em que este iria eclodir, enviando para a Cidade de Nossa Senhora do Desterro o Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard, 02 Tenentes, 01 Sargento e 06 Soldados.

Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard

Na Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, o Juiz de Paz da Vila Francisco de Sousa França interpelou o  Coronel Lisboa, e este lhe respondeu que era impossível garantir a fidelidade das tropas. Resultando em ameaças contínuas, pois o Juiz de Paz era naquele momento a mais alta autoridade civil local. O coronel abandonou a Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, buscando refúgio na Cidade de Nossa Senhora do Desterro.

Capitão Francisco Pinto Bandeira
Em março de 1836 as Vanguardas Republicanas chegaram a Torres, ocupando-a como base para seus empreendimentos na Província de Santa Catarina. Em abril o Capitão Francisco Pinto Bandeira retoma-a aos legais, entretanto a perdeu novamente para as Forças Farroupilhas. Em março o Governo recolheu o 2º Exército para a Cidade de Nossa Senhora do Desterro, deixando apenas a 5ª Companhia do Exército na Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna.

Coronel Antônio de Sousa Neto
Em pouco tempo a sorte das armas dos Revolucionários Farroupilhas não demoraria em mudar. No dia 11 de setembro de 1836 o Coronel Antônio de Sousa Neto proclamou a República Riograndense, a qual estaria separada do Brasil, até que outras Províncias viessem a seguir o mesmo exemplo, assim poderiam formar com ela a República Federativa, sendo apoiadas pelas Câmaras de Jaguarão e Piratini.

Bento Gonçalves

Ao tomar conhecimento da proclamação de Sousa Neto, Bento Gonçalves reuniu suas tropas levantando o cerco  de Porto Alegre, dirigindo-se ao sul, no entanto ao atravessar o rio Jacuí, foi logo surpreendido pelas tropas de Bento Manoel Ribeiro,  o qual com o auxílio da Esquadrilha Imperial chefiada por John Greenfeld, após 03 dias de combate, o derrota no Combate da Fanfa e o aprisiona com alguns de seus companheiros, enviando-os para a Corte do Rio de Janeiro. Depois os envia para a Prisão Militar na Bahia. Desse modo a Revolução Farroupilha sofria no dia 04 de outubro de 1836 o seu 1º grande insucesso.

Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard


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