103 – A AÇÃO LEGAL - A VIDA CATARINENSE COM A GUERRA DOS FARRAPOS E A REPÚBLICA JULIANA
Em fevereiro
de 1836, na Província de Santa Catarina o Presidente
José Mariano de Albuquerque Cavalcanti não se mostrava desatento a
gravidade do que estava ocorrendo. Em janeiro o Presidente lança um Manifesto
estimulando a população da província de Santa Catarina a se conservar fiel às
Instituições monárquicas permanecendo dentro da ordem e da lei. No entanto o
Manifesto do Presidente não surtiu efeito algum.
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Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti |
O Presidente José Mariano de Albuquerque
Cavalcanti visitou a Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna podendo
comprovar os sentimentos Farroupilhas da população, ao verificar o ocorrido
buscou tomar medidas cabíveis frente aquela atitude que lhe causara indignação
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Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti |
O Comandante do 2º Corpo do Exército Henrique
Marques da Silva Lisboa foi convocado pelo Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti para que na Vila
de Santo Antônio dos Anjos da Laguna e em Lages fosse formado um Contingente da
Guarda nacional para que no sul este mantivesse a ordem.
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Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard
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Ocorreu um
episódio inédito, a população recusou em atender o apelo do Presidente José Mariano de Albuquerque
Cavalcanti e a Tropa Regular deu demonstração de que não estava disposta em
seguir ao sul. Umas séries de Boletins Subversivos passaram a surgir. O
comandante da Tropa conseguiu abortar um motim subversivo na hora em que este
iria eclodir, enviando para a Cidade de Nossa Senhora do Desterro o Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard, 02 Tenentes, 01 Sargento e 06
Soldados.
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Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard |
Na Vila de
Santo Antônio dos Anjos da Laguna, o Juiz
de Paz da Vila Francisco de Sousa França interpelou o Coronel
Lisboa, e este lhe respondeu que era impossível garantir a fidelidade das
tropas. Resultando em ameaças contínuas, pois o Juiz de Paz era naquele momento
a mais alta autoridade civil local. O coronel abandonou a Vila de Santo Antônio
dos Anjos da Laguna, buscando refúgio na Cidade de Nossa Senhora do Desterro.
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Capitão Francisco Pinto Bandeira
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Em março de
1836 as Vanguardas Republicanas chegaram a Torres, ocupando-a como base para
seus empreendimentos na Província de Santa Catarina. Em abril o Capitão
Francisco Pinto Bandeira retoma-a aos legais, entretanto a perdeu novamente
para as Forças Farroupilhas. Em março o
Governo recolheu o 2º Exército para a Cidade de Nossa Senhora do Desterro,
deixando apenas a 5ª Companhia do Exército na Vila de Santo Antônio dos Anjos
da Laguna.
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Coronel Antônio de Sousa Neto
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Em pouco tempo
a sorte das armas dos Revolucionários Farroupilhas não demoraria em mudar. No
dia 11 de setembro de 1836 o Coronel
Antônio de Sousa Neto proclamou a República Riograndense, a qual estaria
separada do Brasil, até que outras Províncias viessem a seguir o mesmo exemplo,
assim poderiam formar com ela a República Federativa, sendo apoiadas pelas
Câmaras de Jaguarão e Piratini.
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Bento Gonçalves |
Ao tomar
conhecimento da proclamação de Sousa
Neto, Bento Gonçalves reuniu
suas tropas levantando o cerco de Porto
Alegre, dirigindo-se ao sul, no entanto ao atravessar o rio Jacuí, foi logo
surpreendido pelas tropas de Bento Manoel
Ribeiro, o qual com o auxílio da
Esquadrilha Imperial chefiada por John
Greenfeld, após 03 dias de combate, o derrota no Combate da Fanfa e o
aprisiona com alguns de seus companheiros, enviando-os para a Corte do Rio de
Janeiro. Depois os envia para a Prisão Militar na Bahia. Desse modo a
Revolução Farroupilha sofria no dia 04 de outubro de 1836 o seu 1º grande
insucesso.
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Major Patrício Antôno de Sepulveda Everard |
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