041 - E A CONQUISTA DO SUL PROSSEGUE EM 1726 COM O TENENTE MESTRE DE CAMPO GENERAL DAVI MARQUES PEREIRA

041 - E A CONQUISTA DO SUL PROSSEGUE EM 1726 COM O TENENTE MESTRE DE CAMPO GENERAL DAVI MARQUES PEREIRA

D. Rodrigo Cesar de Menezes, Governador de São Paulo despachou para Santo Antônio dos anjos da Laguna no ano de 1726, o Tenente Mestre de Campo General Davi Marques Pereira. Este teria a missão especial de levar aos colonos o calor e a segurança na receptividade e ânimo no ato de colonizar, incentivando-os nos trabalhos de conquista das terras sulinas, devendo para tal missão entrar em contato com o Capitão Brito Peixoto.

D. Rodrigo Cesar de Menezes

Davi Marques Pereira deixou claro em seus registros que não gostou da incumbência, em seus escritos deixou claro de que sentiu-se como um garoto de recados, sentiu-se muito diminuído, por isso recebeu uma reprimenda do Governador.

 “A ordem de Vmcê, recebeu, e agora se lhe repete, é de passar à Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna e Dalí dar calor à gente que o Capitão Mor dela eleger capaz para servir com as mais pessoas que antecipadamente mandei a descobrir naquela paragem e campanha a melhor situação para nela se poder erigir uma povoação, e porque dito Capitão não só é prático mas inteligente, pela larga assistência e experiência que tem há bastantes anos naquelas partes, havia sido seu pai o povoador e ele recorrer para os aumentos da dita povoação; e aos que mando a Vmcê são poucos, a prudência menor e a experiência nenhuma, e, quanto a Vmcê exceda e não cumpra o que lhe ordeno, se lhe porá verba no seu assunto, para que não vença soldo, nem mantimento o seu cavalo, até resolução de S. Magestade”.  (Despacho em forma de Reprimenda efetuado por D. Rodrigo Cesar de Menezes Governador de São Paulo ao Tenente Mestre de Campo General Davi Marques Pereira devido sua rebeldia).

Ante a intimação efetivada por D. Rodrigo Cesar de Menezes Governador de São Paulo, o Tenente Mestre de Campo General Davi Marques Pereira não se atreveu à desobedecer, apresentando-se em Santo Antônio dos Anjos da Laguna em setembro de 1726, onde encontrou o Capitão Brito Peixoto regendo seu povo com forte zelo e satisfação, mantendo à sua custa, no Rio Grande, seu genro João de Magalhães, com sua gente, afim de que os moradores pudessem ir buscar gado, como costumava, com maior grande segurança e facilidade.

D. Rodrigo Cesar de Menezes

Alguns dias após a chegada do Tenente Mestre de Campo General Davi Marques Pereira, a Câmara em reunião, declarou qual a sua missão e tratou de recrutar que desejasse rumar ao continente.

Francisco de Brito Peixoto

Santo Antônio dos Anjos da Laguna na época era muito pobre de homens, iria ficar como haviam declarado os vereadores, mais uma vez, se lhe tirassem mais de seu povo. Homens de cabedal para custear o empreendimento não os havia ali, sendo que todos eram muito pobres, vivendo da pescaria, de modo miserável em seus ranchos de ripa e barro cobertos de palhas de jerivá, o Rio Grande de São Pedro não poderia ser povoado sem que S. Magestade enviasse casais para aquelas paragens. Francisco de Brito Peixoto confirmou a opinião da Câmara e Davi Marques Pereira seguiu para o sul, ao encontro de João de Magalhães.

Francisco de Brito Peixoto