quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

043 - DE PÓVOA À VILA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO




043 - DE PÓVOA À VILA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO


                No ano de 1723 foi criada uma Ouvidoria separada da Ouvidoria de São Paulo, a Ouvidoria de Paranaguá, a qual possuía jurisdição sobre todas as Vilas da Costa Sul. Foi no ano de 1724 que recebeu seu primeiro Ouvidor, o Dr. Antônio Alves Lanhas Peixoto.



Governador D. Rodrigo Cesar de Menezes

                Em 1726 o Ouvidor Dr. Antônio Alves Lanhas Peixoto esteve em correição, como assim lhe competia, nas Vilas de seu destino e jurisdição.


Governador D. Rodrigo Cesar de Menezes

                Como de costume na época, sua investigação sobre o Capitão Mor de Santo Antônio da Laguna teve que lhe tirar residência, restaurando o cargo de Francisco de Brito Peixoto para mais um triênio.


Francisco de Brito Peixoto

                Na Póvoa de Nossa Senhora do Desterro, aos 26 de março, elevou a fundação de Dias Velho à categoria de Vila, desmembrando-a da Vila de Santo Antônio da Laguna e limitando seu termo pelos morretes da Garopaba.



Governador D. Rodrigo Cesar de Menezes

                Sabe-se que tal feito era já bastante esperado, pois em 1725 o Governador D. Rodrigo Cesar de Menezes mandara avisar ser conveniente ao serviço de S. Majestade que a Povoação da Ilha de Santa Catarina fosse aumentada, sendo que Manoel Manso de Avelar deveria colocar todo seu empenho em fazer tão importante serviço, concorrendo desse modo a sua preciosa atividade, prestigio e zelo. As casas deveriam ser cobertas de telhas e caiadas de branco, dando à povoa a melhor aparência. Francisco de Brito Peixoto não deveria colocar quaisquer impedimento que lhe viesse a sua mente, antes deveria dar-lhe toda a ajuda necessária que lhe fosse solicitada. As embarcações poderiam, de então, dirigir-se diretamente a Vila de Nossa Senhora do Desterro, sem a obrigação de tocar na Vila de Santo Antônio da Laguna.




Francisco de Brito Peixoto
                Não havendo na Vila de Nossa Senhora do Desterro nenhum oficial da Câmara, que pudessem abrir os pelouros. Mandou Lanhas Peixoto que se procedesse à eleição do barrete, isto é, mandou colocar os nomes dos homens bons em um chapéu, misturou-os muito bem, a um garotinho de menos de sete anos pediu-lhe que sorteasse um deles. Deste modo foram eleitos foram eleitos os primeiros oficiais da Câmara da Vila de Nossa senhora do Desterro, sendo eles Domingos Lopes, Juiz; Francisco Martins, Vereador e Antônio de Castilho, Procurador. Para Escrivão da Câmara foi escolhido Sebastião Rodrigues Camacho e para Capitão Mor, Sebastião Rodrigues de BragançaLinhas Peixoto não pode fazer a correição em São Francisco, pois foi chamado por D. Rodrigo Cesar para acompanhá-lo às minas de Cuiabá.



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