quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

050 – OS AÇORIANOS CHEGAM NA PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA




050 – OS AÇORIANOS CHEGAM NA PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA

Quando em 1749 deu-se início ao povoamento de santa Catarina com os primeiros casais de imigrantes açorianos o aumento da população que antes era bastante insignificante, com a chegada destes passou a ser visto com outros olhos. Apresentaram a estas terras traços de sua cultura, dando ao povo catarinense um traço marcante e inconfundível.


Governador D. Rodrigo Cezar de Menezes

Durante a colonização da Ilha de Santa Catarina o ilhéu tentou fixar-se em terras do litoral catarinense, nos tempos do Donatário Marquês de Cascaes, precisamente no ano de 1666, um colono de nome Antônio Afonso, juntamente com 06 companheiros e seus respectivos familiares, esposas, filhos, irmãos, pais, haviam se instalado na Ilha de Santa Catarina, bem como na terra firme fronteira, já no ano de 1692, um colono de nome João Félix Antunes, com um grupo de 260 açorianos, haviam sido enviados para povoar a região.


Governador D. Rodrigo Cezar de Menezes

Não há muitos registros se não breves relatos dessas 02 primeiras levas de colonos açorianos. Sabe-se que localizavam-se entre Massiambú e Araçatuba, de 20 casais chefiados pelo colono Antônio Bicudo Camacho, além de uma outra leva bastante menor, chefiada pelo Padre Mateus de Leão, o qual se instalou nas terras da Lagoa ao Rio Ratones,na Ilha de Santa Catarina.
D. João V

Há documento datado do ano de 1722, em que o Governador D. Rodrigo Cezar de Menezes da Capitania de São Paulo, fez notar D. João V a grande importância e utilidade que viria a ter o Rio Grande do Sul. Nesta época o Conselho Ultramarino concordou com o exposto e deferido uma consulta de enviar casais das 09 ilhas de Açores para o povoamento da Costa sul do Brasil.


Governador D. Rodrigo Cezar de Menezes

O Carmelita Frei Agostinho da Trindade, pároco da Póvoa de Nossa Senhora do Desterro, na ocasião em que esteve na Corte, entregou em mãos uma carta ao Rei de Portugal, mandando favorecer-lhe com a prestimada e necessária ajuda, contava-lhe que regressava à Ilha de Santa Catarina o religioso onde iria esperar novos habitantes que viriam da 09 Ilhas Açorianas, o que nos faz crer que a Coroa Portuguesa estava interessada neste empreendimento.

Brigadeiro José da Silva Paes

O Brigadeiro José da Silva Paes no ano de 1742, na conveniência de serem enviados casais de colonos açorianos para o Litoral Sul do Brasil, no entanto o conselho Ultramarino despachou o solicitado de modo protelatório,  até que no ano de 1745, permitiu que todo o navio que aportasse em uma das 09 Ilhas de Açores. Cada navio poderia transportar até 05 casais, os quais deveriam ser enviados para a referida região do Litoral Sul do Brasil.


Colonos Açorianos

No ano de 1746 os moradores do Arquipélago dos Açores pediram permissão ao Rei para que pudessem emigrar para o Brasil, pois as Ilhas encontravam-se superlotadas, havendo muita miséria visivelmente, que a produção de alimentos não supria as necessidades básicas de seus ilhéu. Atendendo ao pedido, aos 08 dias do mês de agosto do ano de 1746, o conselho Ultramarino decidiu tomar uma atitude decisiva, sendo que aos 31 dias do mesmo mês foram afixados nas portas das Igrejas os Editais, abrindo-se então as inscrições oficiais para os que desejassem emigrar rumo ao Litoral sul do Brasil.


Colonos Açorianos

De acordo com o Edital seria concedido gratuitamente o transporte de navio para 5000 pessoas, uma pequena ajuda de custos conforme o número de descendentes de cada casal, algumas ferramentas, armas, farinha, animais, e outros para o sustento de cada um, ale de isentar os homens do serviço militar.


Colonos Açorianos

Em 1743 já haviam inscritos 5585 pessoas, das Ilhas de São Miguel, Graciosa e São Jorge. Mais tarde já haviam outros inscritos das Ilhas do Pico, terceira, Santa Maria, Faial e Flores, ou seja, de quase todas as 09 Ilhas que compunham o Arquipélago de Açores, exceto da Ilha do corvo, pois das outras haviam inscritos.



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