053 – D. JOSÉ I INCENTIVA A CRIAÇÃO DO COLÉGIO

053 – D. JOSÉ I INCENTIVA A CRIAÇÃO DO COLÉGIO

D. José I no ano de 1750, por meio de provisão Régia, ordenou a criação de um Colégio na Vila de Nossa Senhora do Desterro, sendo que 02 Padres voltaram para lecionar nesta instituição, os Padres Francisco de Faria e Bento Nogueira os quais se encontravam no Rio Grande, porém foram obrigados a embarcarem para São Sebastião do rio de Janeiro, deixando como superior do estabelecimento o Padre Paulo Teixeira que havia chegado em Desterro no ano de 1751. 

Governador Manoel Escudeiro Ferreira de Souza

Com o novo Governador Manoel Escudeiro Ferreira de Souza continuou a assisti-los com mantimentos. O Hospício, como eram chamados o Colégio e a Capelinha, localizavam-se na Praça da Vila de Nossa Senhora do Desterro, juntamente a Casa onde funcionava a Câmara e a Cadeia, embora não houvesse propriamente o colégio, os jesuítas dedicavam-se aos trabalhos de culto aos domingos e dias santos e a catequese dos meninos.

Governador Manoel Escudeiro Ferreira de Souza

El Rey não se contenta com a pequena residência transformada em Colégio, decidiu que a Companhia de Jesus tivesse na Vila de Nossa Senhora do Desterro um verdadeiro Colégio, sendo assim no ano de 1754 ameaçou cortar a Côngrua se assim não fosse edificado o Colégio.

Marquês de Pombal

Nesta residência estiveram os Padres Caetano Dias, Antônio Simões e Diogo Teixeira, no entanto o Colégio não chegou a ser fundado. Os tempos foram modificados na época do Marquês de Pombal, caíram os Jesuítas em desespero, por ter sido dada a ordem de regresso à São Sebastião do Rio de Janeiro aos Padres.

Marquês de Pombal

No ano de 1758 o Governo de Santa Catarina recebeu ordem expressas de embarcar os Jesuítas que aqui se encontravam, e assim a ordem foi cumprida.

Vila de Nossa Senhora do Desterro

Em 1759 todos os membros da Companhia de Jesus foram expulsos definitivamente de Portugal e de todos os seus domínios, e em 1760 ocorreu a ordem de confisco de seus bens. Em Santa Catarina por Ordem Ministerial foi entregue ao Bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro o Hospício com todos os ornamentos, alfaias, e todos os objetos que ali se encontravam. Meses mais tarde a casa foi entregue ao Vigário da Vila de Nossa Senhora do desterro como residência oficial.




Vila de Nossa Senhora do Desterro

A expulsão dos Jesuítas da Vila de Nossa Senhora do Desterro representou uma grande perda para os moradores, sendo que a Câmara reclamou do Diocesano pela falta de sacerdotes, no entanto por não encontrar os Bispos meios os quais viessem remediar a perda devido a falta de recursos que viessem a manter as despesas de sacerdotes.