quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

070 – A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII – AS ARMAÇÕES E A PESCA DA BALEIA NA ILHA DE SANTA CATARINA


070 – A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII – AS ARMAÇÕES E A PESCA DA BALEIA  NA ILHA DE SANTA CATARINA


                Os ricos comerciantes possuíam o monopólio da pesca da baleia o qual era concedido aos fidalgos pelo governo. Da pesca procuravam tirar o maior proveito possível, principalmente na industrialização do azeite e das barbatanas.


Partes da Baleia


     Era necessário obter Concessão real para o estabelecimento das Armações destinadas a pesca. Cabia ao concessionário a construção e manutenção, sem quaisquer investimento por parte da coroa, e tudo isso por determinado período de anos. Ao findar o período a Coroa passava a armação completa a outro concessionário que arrematasse o privilégio de utilizá-la por um prazo determinado.

      Em Santa Catarina há 02 momentos importantes destinados a pesca da baleia:

     1.       O Período de concessão de Tomé Gomes Moreira;
     2.       O Período de concessão de Quintela.


Senhor Manoel Rodrigues de Araújo
          No ano de 1722 D. Rodrigues Cezar de Menezes informava a El Rey que o Senhor Manoel Rodrigues de Araújo lhe oferecia 8000 a 9000 Cruzados anuais pela concessão de pesca da baleia em Santa Catarina, com a condição de comercializar o óleo apenas em Santos, Paranaguá e São Francisco. No entanto a concessão não se realizou.

        O 1º Monopólio durou no período de 1741 a 1764. O 2º Monopólio durou no período de 1765 a 1801, ano em que se extinguiu o monopólio.


Tomé Gomes Moreira
        No ano de 1741 Tomé Gomes Moreira, lisboeta abastado,  com um grupo de companheiros propuseram a arrematação do contrato das baleias na costa catarinense onde em determinadas épocas do ano era muito abundante tal cetáceo.


Armação da Piedade
        As concessões duraram por 10 anos, com isenção sobre o direito no óleo e barbatanas, com a concessão  de uma sesmaria de légua de terra, com destino a agricultura que viesse a proporcionar o sustento dos empregados na pesca e no beneficiamento. Ao fim dos 10  anos tudo passaria para o poder da Coroa.


Armação da Piedade
        A concessão foi realizada no ano de 1741, no entanto por 08 anos. Foi justamente neste ano que se levantou a Armação da Piedade, próxima a Ponta Norte da Ilha de Santa Catarina onde em 1746 foi edificada sua Capela.
Armação da Piedade
        No ano de 1750 o contrato foi renovado por mais 04 anos com os mesmos concessionários, com o pagamento à Fazenda Real referente a 04 anos de contrato.

Francisco Pires de Souza
        Ao fim do prazo sob  a administração de Francisco Pires de Souza, reuniram em uma só concessão por 06 anos todas as armações do Sul do Brasil, de São Sebastião do Rio de Janeiro à Santa Catarina, sendo a oferta em Cruzados variando de acordo com a região em que se encontrava a armação, cabendo apenas a de Santa Catarina entregar para a Coroa 10000 Cruzados anuais, em um montante de 48000 Cruzados e 100 mil Réis por todas elas.


João da Costa Pereira
        Grande lucro obtiveram os contratantes, basta verificarmos que a cada ano a coroa subia o valor dos contratos. João da Costa Pereira e seus companheiros do reino português não obtiveram lucros no empreendimento devido a prejuízos sofridos por diversos ocorridos.



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