089 – A CAPITANIA DE SANTA CATARINA
COM A INDEPENDÊNCIA – SANTA CATARINA E O FICO, A PREPARÇÃO PARA A
INDEPENDÊNCIA
O
Governador João Vieira Tovar e Albuquerque após
ser Exonerado do Cargo de Governador de Santa Catarina decidiu nela permanecer
para que pudesse pleitear o Posto de Comandante das Armas. O Ex-governador
utilizou-se de expressões injuriosas aos catarinenses, principalmente aos que
se opunham aos seus interesses, o que lhe rendeu protestos da Câmara.
Repelida
a pretensão do Ex-governador João Vieira Tovar e Albuquerque, este embarcou para o Rio de Janeiro, ao chegar, por pouco
escapou de manifestações de desagrado de catarinenses que ali residiam,
principalmente jovens que lá estudavam, retornando tempo depois para sua
Pátria.
Quando
o Governador Tovar e Albuquerque
deixou seu cargo, este foi substituído pelo Governador Tenente Coronel
Tomáz Joaquim Pereira Valente aos 20
dias do mês de julho do ano de 1821. Porém pouco tempo permaneceu no cargo de
Governador pois em Janeiro de 1822 chegou à Vila de Nossa Senhora do Desterro o
Decreto das Cortes de Lisboa no qual haviam disposições referentes à Criação
das Juntas Provisórias de Governo nas Províncias, em maio ocorreu um
adiantamento para a escolha de quem viria governar Santa Catarina.
Nesta
mesma oportunidade foi eleito o Procurador da Capitania no Conselho de Estado,
e de acordo com outro Decreto, o Ex-governador
General Joaquim Xavier Curado.
D. Pedro I teve ordem expressas de
retornar à Portugal, no entanto desobedeceu, decidindo ficar, no dia 09
pronunciou as palavras históricas do Fico.
Em
fevereiro chegou à Vila de Nossa Senhora do Desterro a notícia, sendo que a
Câmara apressou-se em manifestar sua solidariedade ao Príncipe D. Pedro I em longo e curioso Ofício. Ao
mesmo tempo em que enviou tal Ofício aprovou a ida de 03 representantes, 03
observadores políticos, para que aquela corporação ficasse ciente dos
acontecimentos e de como passaria a agir.
José
Bonifácio dirigia ao País recomendações para que permanecessem as Províncias
unidas à Regência, de D. Pedro I, a
vista de terem as Províncias do Norte, Alagoas, Pernambuco e Maranhão se oposto
à Criação do Conselho de Estado.
No
dia 13 de maio, o Príncipe D. Pedro I
aceita o Título de Defensor Perpétuo. Rio Grande e Ceará propõe a reunião de
uma Constituinte Brasileira. No dia 03 de julho, revidando as medidas tomadas
pelas Cortes de Lisboa, convocou D.
Pedro I uma Assembleia Constituinte. A situação se agravava mais e mais a
cada dia, e o caminho era o da Independência, o qual era politicamente
preparado pelos grandes patriotas brasileiros.
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