quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

106 – O ATAQUE A LAGUNA - A VIDA CATARINENSE COM A GUERRA DOS FARRAPOS E A REPÚBLICA JULIANA


106 – O ATAQUE A LAGUNA - A VIDA CATARINENSE COM A GUERRA DOS FARRAPOS E A REPÚBLICA JULIANA



 O grupo militar republicano riograndense comandado pelo Coronel Joaquim Teixeira Nunes vinha se aproximando da Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna por terra. Da Vila de Vacaria, Felipe José de Sousa Leão, apelidado de Felipe Capote, com um pequeno grupo de Farroupilhas desceu o Araranguá, atacando com muita facilidade a Guarda Velha, fazendo os Imperialistas postados no Camacho fugirem desordenadamente. Na Carniça e no Passo da Barra, apresentando-se diante da  Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, sustentando fogo cruzado com os legais até o dia 24 de julho de 1839.

Coronel Joaquim Teixeira Nunes

Serafim Muniz Moura descera de Lages com uma coluna de uns 100 homens a cavalo, encontrando-se com outra coluna comandada por Marcelino Soares da Silva, ambas atingiram a localidade de Laranjeiras, em frente a Cabeçudas. O Lanchão Seival já se encontrava na Lagoa do Camacho cumprindo seu destino rumo a Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna.

Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti

O Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti providenciara a defesa da  Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna. As forças por terra eram comandadas pelo Coronel Vilas Boas, compostas por Tropas do exército da guarda Nacional, esperavam os Revolucionários Farroupilhas dispostos a luta pela defesa da Vila. Os navios imperiais Itaparica e o Cometa, reforçados pelos lanchões armados Lagunense, Sant’Ana e Catarinense aguardavam os invasores no Porto da Laguna.

Giuseppe Garibaldi

Os Republicanos ao aportarem na Praia da Barra,  o navio Itaparica e o lanchão Lagunense abrem fogo com suas baterias contra os invasores. Giuseppe Garibaldi ordena que o lanchão Seival revida com sua bateria, descendo pela noite de 21 de julho de 1839 sem expectativa de vantagem.

Davi Canabarro

Em pouco tempo chega a força de Davi Canabarro, e na manhã seguinte, no dia 22 de julho, perto do alvorecer, a luta recomeça.   Giuseppe Garibaldi desce o Rio Tubarão porém sempre dando suporte as forças que haviam por terra, saindo-lhe em frente nas proximidades da Carniça o Lanchão Imperial Catarinense, a ordem do bravo lagunense José de Jesus, o qual estava a serviço das Armadas legais. Ocorrendo o combate, e o lagunense José de Jesus o qual veio em socorro, acabara caindo nas mãos de José Garibaldi. José de Jesus abre o costado de seu barco ateando-lhe fogo, com seus homens embrenham-se pelas matas, apresentando-se dias após na Vila de Nossa Senhora do Desterro, Capital da Província de Santa Catarina, onde foi incluído na Esquadra Legal de Mariath.

Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna

Vilas Boas de imediato ordena a retirada pois  havia percebido a possibilidade de perder muitos homens, com esta atitude conservaria a praça. Da pequena flotilha apenas o navio imperial o Cometa conseguira transpor a Barra para levar a Capital da Capitania de Santa Catarina a notícia da Queda da Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna ao Brigadeiro José Carlos Pardal, novo Presidente da Província de Santa Catarina.

Brigadeiro José Carlos Pardal

Os navios imperiais Itaparica e o Sant’Ana haviam encalhado. Sendo que o Comandante Tenente Alves Branco, da Itaparica, ordenou a rendição, não por covardia, mas temendo por seus comandados.

Comandante Tenente Alves Branco

No dia 22 de julho da Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna estava ocupada pelos Republicanos Farroupilhas, sendo que esta empreitada custou apenas aos Farroupilhas apenas a perda de 01 homem, sendo que dos Legais Imperialistas foram 17 baixas, 77 homens foram feitos prisioneiros pelos Republicanos Farroupilhas e destes 05 eram oficiais.


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