sábado, 10 de agosto de 2013

124 - CRIAÇÃO EM 1859 DO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO TIJUCAS


124 - CRIAÇÃO EM 1859 DO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO TIJUCAS





          No dia 04 de outubro do ano de 1859 Tijucas é elevado a Município, com partes territoriais dos Municípios de São Miguel - Biguaçu, bem como de Porto Belo, com os foros de Vila dados à sua Sede.



   Sebastião Caboto

          Sebastião Caboto foi quem deu o nome ao local quando ali chegou em uma de suas viagens pelo litoral catarinense. 


   Sebastião Caboto

          A princípio nestas terras os navegadores procuravam um posto de passagem junto à foz do Rio Tijucas, servindo estas terras aos moradores de Porto Belo que demandavam os Ganchs, São Miguel e Armação da Piedade onde no ano de 1830 o espanhol Sebastião Cozas construiu um oratório à São Sebastião.

Presidente Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha 

          O sertão foi explorado pelo Alferes Antônio José de Freitas Noronha, em busca de Pinheiros, trabalhando para o Governador da Capitania de 1786 à 1788. Dessa época foram concedidas Sesmarias para muitos pretendentes, entrando o século XIX tais concessões, não apenas às margens do Rio Tijucas, como também no Inferninho, no Rio dos dos Bobos, na Enseada das Garoupas, nos Morretes e por toda a região. Nesta região o governo pretendia fazer incremento ao povoamento da Foz. Para tanto encarregou o Engenheiro Militar Tenente João de Sousa Melo e Alvim, o qual fez o levantamento do Rio desde a Foz até o São João, fazendo também o Risco para a nova povoação no ano de 1847.

           
Presidente Dr  Alexandre Rodrigues da Silva Chaves


          Em 1848 o Engenheiro Militar Tenente João de Sousa Melo e Alvim sugeriu a Lei de 05 de Abril desmembrando terras às margens do Rio Tijucas do Termo da Vila de Porto Belo, com o intuito de formar a Freguesia de São Sebastião da Foz do Rio Tijucas, ligando o Termo da Vila de São Miguel.


Presidente Dr  Alexandre Rodrigues da Silva Chaves

         A sede da nova Freguesia foi escolhida de acordo com o Parecer do  Engenheiro Militar Tenente João de Sousa Melo e Alvim, no entanto surgiram divergências a respeito das linhas divisórias entre Porto Belo e São Miguel, porém não alteraram o ritmo do crescimento da povoação. No ano de 1859 foi criado o Município de São Sebastião do Tijucas, passando a constituir seu distrito o antigo Termo da Vila de Porto Belo, bem como a Freguesia de São João Batista desmembrada de São Miguel. Até o ano de 1860 sua Sede continuou a ser Porto Belo, isso deu-se devido não apresentar condições para sua instalação.


Presidente Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha

          Neste século de Tijucas originaram-se os Municípios de Nova Trento sob Lei nº 36 de 08 de Agosto de 1892, São João Batista, o qual teve por 1º morador o Senhor João do Amorim Pereira, o qual o qual ergueu a primeira Capela à São João Batista, originando este Município pela Lei  nº 855 de 03 de Dezembro de 1962. No ano de 1961, de São João Batista originou-se o Município de Major Gracino pela Lei  nº 756 de 03 de Outubro, em homenagem  ao Oficial do Corpo de Saúde do Exército Major Gracino Gerson Gomes, natural de Tijucas.


Presidente Dr Francisco Carlos de Araújo Brusque

           Sucedeu o Governador da Província Dr José Coutinho o Vice Presidente Dr  Eloi de Barros Pimentel, o qual entregaria o governo  em outubro de 1859 ao Presidente Dr Francisco Carlos de Araújo Brusque, gaúcho, Bacharel em Direito, o qual havia sido Deputado Provincial e Deputado Geral pela Província natal e também pelo Amazonas. Em seu governo foi criada a Colônia de Brusque e Lages recebeu o Foro de Cidade.


Presidente Dr Francisco Carlos de Araújo Brusque

          O Presidente Dr Francisco Carlos de Araújo Brusque realizou um curto governo, deixando seu posto em abril de 1861, quando foi transferido para a Presidência do Pará, entregando a Presidência da Província de Santa Catarina ao Vice Presidente o Dr João José de Andrade Pinto, o qual veio a entregar dias depois ao Presidente Dr Inácio da Cunha Galvão para outra de suas administrações transitórias que teria a Província de Santa Catarina no Segundo Reinado.


Presidente Dr Francisco Carlos de Araújo Brusque

          O Presidente Dr Inácio da Cunha Galvão cumpriu um mandato de sete meses incompletos de abril a novembro de 1861, sem nada ter realizado. deste modo a Província foi entregue ao Presidente Padre Dr Vicente Pires da Mota o qual em setembro de 1862 seria transferido para a Presidência de São Paulo também sem realizar obras. Foi adotado, ordenou-se Sacerdote, bacharelou-se em Direito em São Paulo onde nasceu. Fpoi membro do Conselho Geral de São paulo, foi Catedrático de Direito Civil da Faculdade de direito. Exerceu o cargo de Presidente da Província de Pernambuco no ano de 1848, de São Paulo no mesmo ano, foi elevado aos Conselhos do Império. No ano de 1854 foi Presidente do Ceará, deixando ali fama de violento, no ano de 1856 foi Presidente da Província do Paraná; no ano de 1860 Presidente da Província de Minas Gerais; no ano de 1861 Presidente da Província de santa Caarina; no ano de 1862 Presidente da Província de São Paulo. Do ano de 1965 até 1882, ano em que veio a falecer, o Padre Dr Vicente Pires da Mota ocupou a Direção da Faculdade de Direito de São paulo. 


Presidente Dr  Alexandre Rodrigues da Silva Chaves

       Retirando-se o Padre Dr Vicente Pires da Mota, após curto período ocupado pelo Vice Presidente Comendador Francisco de Sousa Coutinho, a Presidência foi assumida pelo Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha.


Presidente Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha 

           O Presidente Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha nasceu na Província do Pará no ano de 1822, este ingressou na Armada no ano de 1839, e em 1831 foi nomeado Cavaleiro Fidalgo da Casa Imperial. 


Presidente Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha 

          No ano de 1862 foi nomeado para Governar a Província de Santa Catarina em substituição ao Padre Dr Vicente Pires da Mota, tomando posse aos 26 dias do mês de Dezembro do ano de 1863, quando a entregou a Francisco José de Oliveira, pois foi eleito Representante do Pará na Câmara dos Deputados.


Presidente Dr  Alexandre Rodrigues da Silva Chaves

           Retornou ao Rio de Janeiro no ano de 1858 onde foi nomeado Membro Adjunto do Conselho Naval. Foi Membro da Comissão Técnica da armada encarregada de rever o Dicionário Marítimo Brasileiro, reformou-se como Capitão do Mar e Guerra. Possuía o Hábito de Aviz, o Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha faleceu no dia 16 de novembro de 1888. 


Presidente Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha 

            O Presidente Capitão Tenente Pedro Leitão da Cunha também esteve à Presidência da província de Santa Catarina por curto mandato,  por apenas um ano, também sem realizações, entregando a Presidência ao Vice Presidente Comendador José de Oliveira, o qual passou em abril de 1864 a Presidência da Província de Santa Catarina ao Presidente Dr  Alexandre Rodrigues da Silva Chaves, também não demorando muito tempo na presidência, ficou exatamente um ano, época em que ocorreu a Guerra do Paraguay.


Presidente Dr  Alexandre Rodrigues da Silva Chaves
          

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